16/07/2025
“Meu pai teve infarto com 52… então já aceitei que o meu dia também chega.”
Essa frase carrega mais que palavras — carrega uma crença limitante. Uma rendição ao que parece ser inevitável. Mas será mesmo que estamos fadados a repetir a história da nossa família?
Essa reflexão propõe o contrário: que a genética pode ser só o começo, e não o fim da linha. Dois caminhos se desenham a partir de um mesmo ponto de partida — o histórico familiar. Um deles segue pela negação, pelo descuido, pela desculpa de que "é de família". O outro, pela consciência, pela ação, pela ideia de que “é de família, mas eu posso fazer diferente”.
A diferença está entre o que herdamos e o que escolhemos. Um paciente de 35 anos seguiu os passos da família — fumava, comia mal, era sedentário. E não foi a genética que o levou à hipertensão: foram os hábitos. Já outro, com 40 anos, também tinha um histórico familiar pesado. Mas decidiu cuidar: se alimenta bem, se exercita, toma os remédios e acompanha sua saúde de perto. Está escrevendo uma história diferente.
Genética é mapa, não sentença. E temos quatro canetas para redesenhar esse trajeto: alimentação saudável, atividade física, adesão ao tratamento e acompanhamento médico regular. Com elas, somos capazes de virar o jogo — e até proteger a próxima geração.
No fim, a pergunta que f**a é: você vai viver como quem já desistiu… ou como quem entendeu que o poder está nas suas mãos?