Dra. Moabe

30/07/2025

Quando se fala em diabetes, a maioria das pessoas pensa em açúcar no sangue. Mas o problema vai além. Muito além.

O cérebro, órgão exigente e delicado, também sofre com o descontrole glicêmico. E sofre calado.

Pesquisas mostram que pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver declínio cognitivo, alterações de memória, dificuldades de concentração e até demência precoce. Isso acontece porque os altos níveis de açúcar afetam a circulação cerebral, inflamam os vasos e aceleram o envelhecimento das conexões neurais.

É como tentar assistir a um filme com a tela cheia de interferências. A imagem está lá, mas o cérebro não consegue captar com nitidez.

Mas isso é inevitável? Não.

O cuidado precoce com a glicemia, a adesão ao tratamento, o controle da pressão e o estilo de vida saudável não protegem só o coração — protegem também a mente. E mais: protegem a autonomia, a identidade e a capacidade de viver com clareza mental.

28/07/2025

A Geração Z é a mais conectada da história. Mas também é, segundo entrevistas da McKinsey, a geração com os níveis mais baixos de bem-estar emocional e social.

Parece contraditório, né? Mas não é.

Essa geração nasceu com o mundo na palma da mão. Literalmente. Desde muito cedo, soube o que é pressão estética, comparação social, sobrecarga de informação, crise climática, instabilidade política e medo do futuro. E, mesmo assim, precisa fingir que está tudo bem. Que é feliz. Que dá conta.

É como exigir de uma planta que floresça no concreto seco. Pode até resistir por um tempo, mas, sem o mínimo de cuidado emocional, ela murcha.

A saúde mental da Geração Z não está frágil por acaso. Ela é reflexo de um mundo exigente, imediatista, performático. Um mundo que cobra antes de acolher.

Se queremos entender — e ajudar — essa geração, precisamos parar de julgá-la por "ser sensível demais". E começar a escutar com mais empatia. Validar os medos, acolher os silêncios, respeitar os ritmos.

23/07/2025

TDAH não é desculpa, mas também não é frescura.
É um transtorno que exige olhar atento e cuidado contínuo.

21/07/2025

Você olha o feed e vê:
— Gente magra, rica e feliz.
— Mães que nunca se irritam.
— Casais que nunca brigam.
— Jovens que já têm sucesso.

E aí você se pergunta:
“Por que comigo é tudo mais difícil?”

Porque ali tem filtro, pose, recorte e edição.
E aqui tem vida real, boleto, crise, culpa, insônia e pensamento acelerado.

Você não está atrasado.
Está apenas vivo, tentando existir num mundo que te cobra perfeição 24h por dia.

🧠 Ansiedade, burnout, despersonalização, depressão leve… tudo isso se esconde atrás de um “tô bem” nas redes.

16/07/2025

🔄 Tem mulher que, uma semana antes de menstruar, vira outra pessoa:
— O humor despenca.
— A insônia aparece.
— A paciência desaparece.
— O desânimo toma conta.
— A vontade de sumir vira pensamento recorrente.

E o nome disso pode ser mais do que TPM.

Existe uma condição chamada TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual) — e ela é real.

➡ Não é frescura.
➡ Não é exagero.
➡ Não é “coisa da sua cabeça”.

É um transtorno sério, que mexe com os hormônios e com o cérebro.
Mas sabe o que é mais comum? A mulher nem saber que isso existe. E passar anos achando que está “maluca” por alguns dias do mês.

Você não precisa se odiar todo mês. Precisa ser acolhida e cuidada.

14/07/2025

🔁 Ela cuida da casa, dos filhos, do trabalho, da aparência, da conta bancária, da família, da agenda, da imagem… e ainda ouve que está "sensível demais".

O problema é que quando a mulher fala que não está bem, é comum ouvirem:
— “Deve ser TPM.”
— “Você pensa demais.”
— “Tenta relaxar.”

A saúde mental da mulher é atravessada por cobranças externas e internas.
Ela precisa dar conta de tudo… e sorrindo.

🧠 Mais da metade dos diagnósticos de ansiedade e depressão são em mulheres.
👩‍⚕ Mas boa parte ainda acredita que sentir tudo isso “faz parte de ser mulher”.

Não faz.

Você não é dramática.
Você está sobrecarregada, mal dormida, com o corpo gritando por descanso e com a mente sem espaço para existir.

A saúde mental feminina precisa de escuta. Não de julgamento.

11/07/2025

09/07/2025

"Homem forte também adoece. Só que ninguém ensina ele a pedir ajuda."
🧠 A saúde mental do homem não falha. Ela entra em silêncio.

Desde pequenos, muitos homens escutam:
“Engole o choro.”
“Seja homem.”
“Você é forte.”

Crescem achando que falar de sentimentos é fraqueza. Que ansiedade é frescura. Que tristeza é preguiça. E que terapia é perda de tempo.

📉 Resultado? Procuram ajuda tarde demais.
📉 O corpo grita com insônia, taquicardia, explosões de raiva, vício em álcool, vício em trabalho.
📉 E quando finalmente reconhecem que algo está errado… já estão no limite.

O silêncio masculino tem preço alto.
E ninguém deveria pagar com a própria saúde por ter aprendido a se calar.

O homem não sofre menos. Ele só sofre escondido.

04/07/2025

Nem todo afastamento é fuga. Para pessoas com ansiedade social ou hiperestimulação, o excesso de contato humano pode ser exaustivo — e o isolamento pode trazer alívio e clareza emocional.

Mas há um risco: o isolamento, quando vira regra, pode reforçar o medo do convívio.
É uma linha tênue entre descanso e evasão.

O que fazer?

– Se isolar pode ser saudável, desde que temporário e consciente.
– Busque espaços que acolham sem exigir performance.
– Com ajuda profissional, aprenda a voltar ao convívio com mais segurança emocional.

📌 Conclusão: a cura não está em se afastar de tudo, mas em saber quando e como se reconectar com o mundo sem se perder de si.

01/07/2025

O que fazer?

– Se for você, busque apoio psicológico para entender o que esse vínculo representa.
– Se for alguém próximo, evite julgamentos. Escute antes de rotular. Empatia é o primeiro passo para o cuidado.

📌 Conclusão: ninguém busca o irreal sem um motivo real. O afeto que falta encontra formas inusitadas de se manifestar.

26/06/2025

Felicidade ensinável não é fórmula mágica. É autocuidado somado a escolhas conscientes.

Não é um destino. É uma prática diária. E, sim, dá pra aprender.

24/06/2025

A mente não precisa de mais dados.
Ela precisa de espaço.
E esse espaço começa quando a gente se autoriza a desligar.