Ser - Espaço de Psicologia Clínica

10/06/2025

05/05/2023

São os olhares do humano para o humano em conversa com Kierkegaard.

12/08/2022

Mais um momento para pensar, ver, sentir a dedicação do olhar atento para o humano!

19/07/2022

Para Kierkegaaard não há obra do amor maior que a tarefa de recordar uma pessoa falecida. Quando trazemos ao coração a sua ausência, lhe dedicamos um amor totalmente gratuito, impossibilitado de qualquer reciprocidade, pois já não pode ser correspondido. Trata-se do exercício de um amor desinteressado, livre, bem assentado na própria experiência amorosa: "Feliz e forte em si mesmo", confirmaria Drummond. Amar a pessoa falecida é a forma amorosa exemplar.
Esse não é um amor platônico, pois nele não há qualquer sofrimento na não correspondência. Não é um amor moderno, ele é maduro, pois traz consigo a superação de todos os modos de amar que implicam o cálculo da recompensa Mas em sua dificuldade, essa dádiva amorosa só é possível, se o amor se compensa na grandeza do perfeito amor de si mesmo: a condição sem a qual não podemos amar o outro com um amor dado de graça, impagável.
Assim, de um modo extraordinário, essa experiência amorosa acaba também nos livrando do maior perigo: amar com todo interesse o outro sem poder amar com o mínimo interesse a nós mesmos.

Informações: nucleoacontecencias@gmail.com

18/07/2022

Angústia não é patologia, é uma dimensão essencial própria da vida e nessa medida, antes de ser doença é saúde, saúde radical, vital. O homem é o único lugar hora de toda realidade possível, não a causa, mas o seu modo próprio de ser-no-mundo, sempre já num sentido, numa linguagem, realidade compreendida e interpretada que aparece desde o imediato na forma da cotidianidade, na habitualidade que resguarda determinadas interpretações. A forma desconcertante desta imediatidade vital é que o homem é o vivente jogado, lançado no mundo. Assim, na maioria das vezes, esquecido de seu modo próprio de ser, vive numa interpretação já dada, constituída, do habitual, do cotidiano, dos sentidos, valores, contexto cultural e social. Esse modo de ser, assim, imerso na habitualidade seria como o paraíso pois não reclama do vivente nenhum esforço, empenho; está largado a mercê da correnteza da opinião pública, mídia etc.
Um processo acontece ocasionalmente, e pode ser radicalmente, em que o homem vai se afastando de toda essa compreensão da cotidianidade, esvaziando todos os sentidos e abre-se um abismo, acontece uma desrealização, ficando sem fundo, sem uma interpretação dada. Esse processo de esvaziamento de todos os sentidos é angústia ― tudo está instável, abalável, é o instante do terremoto. Essa disposição fundamental, pathos, humor, é um modo de ser, uma dimensão de vida, de existência que não se tem, não se possui, mas ela toma, acomete, justamente por ser o homem o vivente tomável, tocável ― aberto, livre. O decisivo é que nesse esvaziamento, nesse estranhamento crescente que devolve o homem à sua solidão, esse acometimento angústia restitui o ser para si próprio.

Informações pelo e-mail nucleoacontecencias@gmail.com

05/05/2021

Ainda que falássemos...

29/04/2021

Ritual
Me conectar com vida, estar na beira do nada, me esvaziar para receber e ver vidas, que querem se reconectar com vida... arredar as folhas da superfície do lago e ver o fundo ... Clínica ❤

02/04/2021

Nessas andanças fazendo arte... qual é a terra que nos enraiza, que nos faz presentes pra nossa obra de arte?

02/04/2021

Sendo andarilha encontrei no caminho...
A arte, a vida mostra coisas que nos encantam. Parecem nada dizer, só fazer sorrir... se for parar para ver, os olhos passeiam por tudo que tem ou não um sentido... é do olhar, do sentido, do momento... mas o mais profundo está lá: "sorria você está sendo" !

(Brucutu - Vila de Maringa - MG)

01/04/2021

Sendo andarilha encontrei no caminho...
Em meio ao dia buscamos coisas: atenção, importância, compras, comida, justiça... mas muito pouco cabe num dia, nas horas... distraidos podemos perder o mais simples, o mais perto...

31/12/2019

Façamos ser bom!