19/08/2025
Os processos que produzem mudanças de comportamento muitas vezes não são imediatamente observáveis.
Assim como a semente precisa de raízes antes de se tornar árvore, o comportamento humano é sustentado por um histórico de contingências (eventos de reforço, punição e modelagem). Isso nos lembra que não somos só o resultado (o que é visto), mas também o que foi construído silenciosamente no tempo.
➡️E será que devemos admirar apenas os frutos? Precisamos ir na contra mão da tendência de valorizar consequências visíveis e imediatas, negligenciando o processo formador.
A Análise do Comportamento nos convida a ver o indivíduo não apenas como aquilo que ele manifesta agora, mas como expressão de uma história de interações. Isso dialoga com uma visão filosófica da existência: não há “fruto” sem o invisível trabalho das raízes.
Devemos refletir também sobre o por que da pressa pelos frutos? Talvez pela cultura do imediatismo? Esse ponto toca em uma ética do cuidado com o processo: reconhecer que a verdadeira transformação exige tempo, consistência e condições adequadas.
Na prática, reforça a noção analítico-comportamental de que ambientes nutritivos (apoio social, oportunidades, reforçamento positivo) são fundamentais para que a “semente” floresça. Muita gente desanima porque acha que esse tempo de “criar raízes” é tempo perdido, mas é justamente ele que sustenta os frutos 🌳🍎
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