01/10/2015
Boa tarde, pessoal! Hoje decidimos falar sobre a técnica que é a base para o que fazemos no nosso laboratório. Vamos lá, aprender um pouco sobre a PCR?
Considerada uma técnica de biologia molecular revolucionária, a reação em cadeia da polimerase (PCR – Polymerase Chain Reaction) permitiu o rápido desenvolvimento do estudo de sequências de ácidos nucleicos.
Desenvolvida por Kary Banks Mullis, em abril de 1983, essa técnica de biologia molecular consiste em nada mais que a síntese enzimática de cópias de ácidos nucleicos em laboratório. O cientista recebeu o prêmio Nobel de química de 1993 por sua descoberta.
A técnica de biologia molecular por PCR promove, in vitro, por meio de artifícios de variação de temperatura, o que o organismo realiza naturalmente, em condições fisiológicas – a duplicação de cadeias de DNA, envolvendo nucleotídeos, sequências iniciadoras (primers) e enzima polimerases. Assim, é possível a obtenção de muitas cópias de uma sequência específica de ácido nucleico, a partir de uma fita molde. O princípio da PCR envolve três etapas básicas por ciclo, estimuladas pelo calor, que são repetidas por várias vezes, em ciclos:
* Abertura da fita de DNA que servirá de molde, por desnaturação térmica;
* Pareamento de oligonucleotídeos sintéticos, que funcionam como os iniciadores da reação de polimerização, a cada uma das fitas do DNA molde, à região complementar da fita que sofrerá a duplicação;
* Polimerização, através de uma enzima polimerase, das novas fitas de DNA a partir de cada um dos iniciadores, utilizando cada um dos quatro dNTP como substrato da reação de polimerização.
Cada ciclo é repetido em torno de 40 vezes, e promove a amplificação da região alvo determinada conforme afinidade das sequencias iniciadoras (primers).
Assim, o iniciador reconhece, por complementaridade, o local de início do local a ser amplificado, efetua a ligação e sinaliza para a polimerase o início da sequencia a ser replicada.
Foto: www.sobiologia.com.br/
Texto: www.portaleducacao.com.br