Ser analista do comportamento significa ter a perspectiva de investir na promoção de contingências favoráveis para que comportamentos saudáveis sejam desenvolvidos. Significa acreditar que a estimulação de repertórios comportamentais de autoconhecimento, autoestima, responsabilidade, tomada de decisões, resolução de problemas é mais eficaz que a punição de comportamentos não aceitáveis. Mais do qu
e acreditar, ser analista do comportamento significa se comportar para que a mudança ocorra. No processo terapêutico infantil não é diferente, intervêm-se também no método social da família, envolvendo os adultos responsáveis no tratamento da criança. A Terapia Analítico-Comportamental Infantil (TACI), ajuda a criança a reconhecer seu comportamento, possibilitando efetivamente que ela lide com as variáveis que afetam sua conduta, para desta forma aumentar a probabilidade de ocorrência de comportamentos esperados. Nesta terapia o brincar em sessão é referido tanto como um modo de avaliação de repertório, como de ensino de comportamentos. Antes de escolher os procedimentos de intervenção para promover a aquisição de comportamentos relevantes, o terapeuta analítico-comportamental realiza uma avaliação para conhecer o repertório inicial de comportamentos da criança. As ações da criança, em contexto de brincadeira, muitas vezes expressam sentimentos, desejos e valores que ela não consegue, ainda, expressar por meio de relatos verbais, devido às limitações próprias de seu estágio de desenvolvimento em linguagem, possibilitando ao terapeuta obter dados importantes para o conhecimento da história de vida da criança. Possivelmente por suas diferentes funções e importância, o brincar passou a fazer parte das práticas de Psicoterapia Infantil.