23/07/2017
Esta semana, no dia 20 de Julho de 2017, o mundo perdeu um dos maiores ícones do Rock, o vocalista da banda Linkin Park Chester Bennington, que foi encontrado morto em sua casa perto de Los Angeles, na Califórnia (EUA). E que, segundo um porta-voz da polícia local, a sua morte está sendo investigada como suicídio.
A morte do cantor se deu de forma abrupta, de modo que nem fãs, nem família ou amigos puderam dizer adeus. Não mais podemos fazer nada se não desejar força à família e amigos para suportar esta situação.
Dessa triste situação devemos retirar alguma espécie de aprendizado. A morte trágica do cantor foi ocasionada por algo que está se tornando rotineiro na sociedade hodierna: o suicídio. Apenas em um ano, aproximadamente um milhão de pessoas no mundo tiraram a sua própria vida, cerca de uma morte a cada 40 segundos.
O pensamento suicida nos aparece quando acreditamos que não há nada mais que se possa fazer para viver em paz, que a única ação capaz de eliminar os nossos problemas é tirar a própria vida. É como se você carregasse o peso de todos os problemas do mundo, estando sempre infeliz mesmo diante de situações que ocasionariam felicidade nos demais, com a sensação de que não importa o que faça ou como faça, aquilo é passível de um único resultado: o fracasso, a infelicidade.
Devemos aprender com a situação ocorrida ontem, em que alguém aparentemente feliz e muito bem sucedido tirou a própria vida. Os sinais não são externados de maneira cristalina. Apenas os que vivem e participam efetivamente das relações afetivas é que podem prestar atenção nos indícios, procurar por sinais de que estejam precisando de nosso auxílio, de nossa ajuda ou de uma indicação de tratamento. A pessoa que está nessa situação não deixa de estar apenas porque você está de corpo presente ao lado dela, mas apenas se você se interligar a ela pelos laços do afeto e solidariedade, pensando que aquela situação poderia estar acontecendo com você, de modo que possa oferecer ajuda e tentar livrá-la deste problema.
Dizer que o suicídio é o caminho tomado pelos covardes mais atrapalha do que ajuda. A depressão é uma doença, tanto quanto o câncer, e é por isso devemos oferecer tudo ao nosso dispor para inspirar pessoas ao bem, à felicidade e ao desejo de continuar vivendo. Críticas destrutivas acerca de aparência, talento ou inteligência, machucam tanto quanto uma lesão pelo disparo de um projétil por arma de fogo.
Por fim, deixo a mensagem de que se para si, a dor emocional que sente é de tal forma elevada, que a possibilidade de suicídio é uma opção viável, ou, se alternativamente, receia que alguém que lhe é importante esteja a correr esse risco, permita que esta informação a possa ajudar a compreender quão urgente pode ser procurar ajuda especializada. Não tenha vergonha de pedir ajuda, o psicólogo ou psiquiatra são proibidos expressamente por seus respectivos códigos de ética à relevar informações suas.
Lembre-se que a única vontade de quem está nessa situação é acabar com seu sofrimento e poder contá-lo aos seus próximos, por isso estejam atentos, a sua ajuda pode ser imprescindível para evitar que algo tão triste assim ocorra.