09/12/2021
Ludmila era uma profissional de saúde, mãe, esposa e dona de casa. Diante de tantas atribuições, frequentemente se percebia nervosa, irritada e até mesmo triste. E se sentia muito mal por isso, afinal tinha emprego, família, casa e saúde. Não era justo com a vida sentir tudo isso, ela pensava. Muitas vezes, recorria à comida como forma de lidar com suas emoções. E foi assim que ela aumentou 16 quilos em 1 ano. E com isso, a baixa autoestima, problemas no casamento e sintomas depressivos. As emoções, aquelas tão temidas, não deixavam de existir dentro dela.
Essa mulher não existe, é uma história fictícia. Mas, uma verdadeira junção de várias histórias que ja escutei em meu consultório ou li aqui no Direct. Mulheres que sentem, que se culpam porque sentem, que recorrem à comida para lidar com a culpa e que, após cada ingesta, se martiriza ainda mais porque à comida recorreu para lidar com as suas emoções.
O fato é que jamais vou incentivar aqui, ou no meu consultório, que você "controle suas emoções". Nunca vou te convidar a ignorar o que você sente. Que você se culpe pelos sentimentos e emoções que tem e que finja que eles não existam. Não há nada que eu ou você faça que possa anulá-los.
Mas, é meu dever te convidar a repensar sobre as tuas ações. Tem te aproximado da vida valiosa que deseja ter? Tem te levado a ser a sua melhor versão? Tem sido coerente com a mudança de hábitos, melhora da qualidade de vida e do bem-estar?
Sinta, identifique, nomei e dê abertura aos seus sentimentos. Tenha consciência do porquê que eles estão ali. E depois convida-os a andar contigo na estrada em direção à vida que você gostaria de ter. Não há como arrancar da tua vida a tristeza, a raiva ou a irritabilidade. Mas, tem como escolher o que você faz com estas emoções.
Me conta: você tem se deixado levar pelas suas emoções ao se relacionar com a comida? Quais emoções mais te afastam de uma vida saudável? Deixa aqui o teu comentário.
Psicóloga Taiane Cabral
CRP 13/6788