
24/10/2022
Você se preocupa demais? Sim? Então te convido para uma breve reflexão:
Diante de situações em que a ansiedade está presente, nosso cérebro é condicionado a dar respostas automáticas de luta ou fuga, o que libera adrenalina para nos preparar para um perigo.
Quando pensamos sobre coisas que ainda não aconteceram pelo simples fato de nos organizarmos mentalmente, ainda que o objetivo seja nos livrar do incômodo, estamos dando espaço à angústia, aqui traduzida para ansiedade.
O ponto é: nem tudo o que você interpreta como perigo, é de fato perigoso. Você pode ter medo de ar**has e não suportar estar frente a frente com uma, pois você sente medo. Agora, se você tiver a mesma reação somente ao ver a foto de uma ar**ha estamos falando de ansiedade, já que uma foto não é um perigo real para sua sobrevivência. Assim você pode passar a evitar qualquer estímulo que te lembre uma ar**ha, para não sentir aquele desconforto.
A fuga ajuda a distrair os indivíduos de temas mais desconfortáveis. Pessoas que se preocupam demasiadamente com as coisas ao seu redor, tendem a fugir ou evitar pensar em temas que são problemas sérios, como ausência paterna, sentimento de não ser amada, medo de abandono ou de se não se considerar bom o suficiente.
Em outras palavras, sua mente te conduz a se preocupar em excesso se você trancou o carro, pagou a conta da luz ou te mostrando o quão ruim será aquela reunião ou aquele compromisso. Coisas do cotidiano também merecem atenção, não me entenda mal, mas podem estar camuflando temas que você deve priorizar.
Resumindo, é mais fácil ocupar a mente com coisas do cotidiano do que gastar energia com temas desconfortáveis, que geram sofrimento por você não saber como resolver. É uma negação muito grande do que é a vida esperar que você não sentirá desconforto, você precisa aceitar que ele está presente e tolerá-lo para iniciar o caminho de lidar com ele.
Olhar para dentro pode assustar, mas é necessário se você busca saúde e qualidade de vida.