
02/11/2024
Só os Corpos são Finados. O Ser é Eterno e Infinito
Neste Dia de Finados, somos convidados a reexaminar o significado da morte e a refletir sobre o verdadeiro "fim" das coisas. O conceito de "finado" refere-se apenas aos corpos, às formas físicas que usamos momentaneamente em nossa jornada. Mas o Ser – nossa essência mais profunda – é eterno e infinito. Essa perspectiva nos convida a ultrapassar a visão limitada que temos sobre a vida e a morte, e a olhar para além do corpo e da matéria.
A ideia de que "somos um corpo" é uma das maiores ilusões que cultivamos. Desde o nascimento, somos ensinados a identificar nosso ser com o corpo físico, a ponto de nos esquecermos da nossa verdadeira natureza, que não conhece começo nem fim. Esse corpo, que tanto cuidamos e protegemos, não é mais do que um veículo temporário, um instrumento que usamos para experienciar a vida no plano material. Assim como o motorista não é o carro que dirige, nós não somos o corpo que habitamos.
O corpo, como qualquer estrutura física, está sujeito ao tempo e ao desgaste. Ele é finito, frágil e, em algum momento, se torna inutilizável, cumprindo o ciclo natural de transformação que rege todas as coisas no mundo físico. Essa transitoriedade, muitas vezes temida, deveria ser vista como algo natural. O corpo retorna ao pó, mas o Ser, aquilo que realmente somos, permanece intocado. Não somos definidos pelo tempo, pela matéria ou pelo fim do corpo. Somos eternos, infinitos, sem início e sem fim.
O Dia de Finados é, para muitos, um momento de tristeza, uma ocasião para lembrar dos entes queridos que partiram. Entretanto, é também uma oportunidade para elevar nossa compreensão sobre o que significa "partir" ou "deixar de existir". Se entendermos que cada ser é uma expressão do Filho Único ou da Filha Única de Deus, que vive em cada um de nós, percebemos que o que chamamos de "morte" é apenas uma passagem, uma troca de "vestimenta". O Ser continua, pois ele transcende as limitações do corpo.
Ao honrarmos aqueles que já "partiram", podemos sentir uma conexão que vai além do tempo e do espaço. O amor, as memórias e as experiências que compartilhamos com eles permanecem vivos, assim como permanece viva a essência deles, que é a mesma essência que habita em nós. Ninguém realmente se vai. Ninguém é perdido. Só o corpo "morre". O Ser, em toda sua plenitude, persiste, inalterado e eterno.
Quando deixamos de nos identificar exclusivamente com o corpo, compreendemos que o luto não é pela perda do ser amado, mas pela perda do corpo e da forma com que ele se manifestava no mundo. Essa compreensão nos traz uma profunda paz. Podemos celebrar e honrar a vida de quem partiu com a certeza de que, em essência, eles continuam conosco, integrados ao mesmo fluxo da vida eterna, que é a essência de Deus em cada um de nós.
Este entendimento nos encoraja a viver com uma nova consciência, valorizando não só o corpo, mas, principalmente, o que somos além dele. Ao viver com essa percepção, não tememos mais o fim, pois sabemos que ele é uma ilusão. Compreendemos que somos parte de algo maior e que, assim como nossos entes queridos, nunca deixaremos de existir.
Neste Dia de Finados, que possamos enxergar a vida além da matéria, lembrando que só os corpos são finados, enquanto o Ser é eterno e infinito. Que possamos olhar para aqueles que se foram com o coração em paz e gratidão, celebrando a continuidade do Ser, que permanece vivo em cada um de nós. Porque, no fundo, somos todos Um, eternos e imortais na essência que é a nossa verdadeira natureza.
Only Bodies Are Finite. The Self Is Eternal and Infinite.
On this Day of the Dead, we are invited to reexamine the meaning of death and reflect on the true "end" of things. The concept of "finite" refers only to bodies, the physical forms we use momentarily on our journey. But the Self – our deepest essence – is eternal and infinite. This perspective urges us to move beyond our limited view of life and death and to look beyond the body and matter.
The idea that "we are a body" is one of the greatest illusions we hold. From birth, we are taught to identify ourselves with the physical body, to the point of forgetting our true nature, which has neither beginning nor end. This body, which we care for and protect so much, is merely a temporary vehicle, a tool we use to experience life in the material world. Just as a driver is not the car they drive, we are not the body we inhabit.
The body, like any physical structure, is subject to time and decay. It is finite, fragile, and at some point becomes unusable, fulfilling the natural cycle of transformation that governs all things in the physical world. This transience, often feared, should be seen as natural. The body returns to dust, but the Self, who we truly are, remains untouched. We are not defined by time, matter, or the body's end. We are eternal, infinite, without beginning or end.
For many, the Day of the Dead is a time of sadness, an occasion to remember loved ones who have passed away. However, it is also an opportunity to elevate our understanding of what it means to "depart" or "cease to exist." If we understand that each being is an expression of God’s Unique Son or Daughter, living within each of us, we realize that what we call "death" is merely a passage, a change of "clothing." The Self continues, transcending the limitations of the body.
In honoring those who have "departed," we can feel a connection beyond time and space. The love, memories, and experiences we shared with them remain alive, just as their essence, which is the same essence that dwells in us, stays alive. No one truly leaves. No one is lost. Only the body "dies." The Self, in all its fullness, endures, unaltered and eternal.
When we stop identifying solely with the body, we understand that mourning is not for the loss of a loved one but for the loss of the body and the form in which they manifested in the world. This understanding brings us deep peace. We can celebrate and honor the life of those who have passed with the certainty that, in essence, they remain with us, integrated into the eternal flow of life, which is the essence of God within each of us.
This understanding encourages us to live with a new awareness, valuing not just the body but especially what we are beyond it. By living with this perception, we no longer fear the end, for we know it is an illusion. We understand that we are part of something greater and that, like our loved ones, we will never cease to exist.
On this Day of the Dead, may we see life beyond matter, remembering that only bodies are finite while the Self is eternal and infinite. May we look upon those who have left with peace and gratitude, celebrating the continuity of the Self that remains alive within each of us. For, in the end, we are all One, eternal and immortal in the essence that is our true nature.
Solo los Cuerpos son Finados. El Ser es Eterno e Infinito
En este Día de los Difuntos, somos invitados a reexaminar el significado de la muerte y reflexionar sobre el verdadero "fin" de las cosas. El concepto de "finado" se refiere únicamente a los cuerpos, las formas físicas que usamos momentáneamente en nuestra jornada. Pero el Ser – nuestra esencia más profunda – es eterno e infinito. Esta perspectiva nos invita a superar la visión limitada que tenemos sobre la vida y la muerte, y a mirar más allá del cuerpo y la materia.
La idea de que "somos un cuerpo" es una de las mayores ilusiones que cultivamos. Desde el nacimiento, nos enseñan a identificarnos con el cuerpo físico, hasta el punto de olvidar nuestra verdadera naturaleza, que no tiene ni comienzo ni fin. Este cuerpo, al que tanto cuidamos y protegemos, no es más que un vehículo temporal, una herramienta que usamos para experimentar la vida en el plano material. Así como el conductor no es el coche que maneja, nosotros no somos el cuerpo que habitamos.
El cuerpo, como cualquier estructura física, está sujeto al tiempo y al desgaste. Es finito, frágil, y en algún momento se vuelve inutilizable, cumpliendo el ciclo natural de transformación que rige todas las cosas en el mundo físico. Esta transitoriedad, muchas veces temida, debería ser vista como algo natural. El cuerpo regresa al polvo, pero el Ser, aquello que realmente somos, permanece intocado. No somos definidos por el tiempo, la materia ni el fin del cuerpo. Somos eternos, infinitos, sin principio ni fin.
El Día de los Difuntos es, para muchos, un momento de tristeza, una ocasión para recordar a los seres queridos que partieron. Sin embargo, también es una oportunidad para elevar nuestra comprensión sobre lo que significa "partir" o "dejar de existir". Si entendemos que cada ser es una expresión del Hijo Único o de la Hija Única de Dios, que vive en cada uno de nosotros, percibimos que lo que llamamos "muerte" es solo un paso, un cambio de "vestimenta". El Ser continúa, pues trasciende las limitaciones del cuerpo.
Al honrar a quienes ya "partieron", podemos sentir una conexión que va más allá del tiempo y el espacio. El amor, los recuerdos y las experiencias que compartimos con ellos permanecen vivos, al igual que su esencia, que es la misma esencia que habita en nosotros. Nadie realmente se va. Nadie se pierde. Solo el cuerpo "muere". El Ser, en toda su plenitud, persiste, inalterado y eterno.
Cuando dejamos de identificarnos exclusivamente con el cuerpo, comprendemos que el duelo no es por la pérdida del ser querido, sino por la pérdida del cuerpo y de la forma en que se manifestaba en el mundo. Esta comprensión nos trae una profunda paz. Podemos celebrar y honrar la vida de quien partió con la certeza de que, en esencia, ellos siguen con nosotros, integrados al mismo flujo de la vida eterna, que es la esencia de Dios en cada uno de nosotros.
Este entendimiento nos alienta a vivir con una nueva conciencia, valorando no solo el cuerpo, sino, principalmente, lo que somos más allá de él. Al vivir con esta percepción, ya no tememos el fin, pues sabemos que es una ilusión. Comprendemos que somos parte de algo mayor y que, al igual que nuestros seres queridos, nunca dejaremos de existir.
En este Día de los Difuntos, que podamos ver la vida más allá de la materia, recordando que solo los cuerpos son finados, mientras que el Ser es eterno e infinito. Que podamos mirar a quienes se han ido con paz y gratitud, celebrando la continuidad del Ser, que permanece vivo en cada uno de nosotros. Porque, al final, todos somos Uno, eternos e inmortales en la esencia que es nuestra verdadera naturaleza.
Tom Cau
+55 47 99984 4641