10/12/2025
A polêmica da semana no consultório: "Dra., a tirzepatida manipulada é segura ou é proibida?"
Vamos colocar ordem na casa, com base em ciência e na legislação atual (incluindo a recente Nota Técnica da ANVISA).
Primeiro, precisamos separar o que é marca do que é molécula. A tirzepatida é o princípio ativo que atua nos receptores GLP-1 e GIP, fundamentais para o controle glicêmico e saciedade. O medicamento de referência tem sua patente e tecnologia, mas a manipulação da molécula, quando feita com o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) legalizado, é permitida e técnica.
Onde mora o perigo, então?
Na minha prática com terapias injetáveis e imunidade, meu olhar clínico vai além da perda de peso. O meu foco é a pureza.
Um peptídeo injetável manipulado sem rigorosos te**es de esterilidade, endotoxinas e pureza não é apenas inef**az, ele é um risco imunológico. Impurezas em injetáveis podem desencadear processos inflamatórios severos e reações de hipersensibilidade.
O problema nunca foi a manipulação em si (que é uma ferramenta valiosa para personalizar doses), mas sim a banalização e a falta de rastreabilidade em locais que não seguem as normas sanitárias.
O que eu defendo: o uso da tirzepatida deve fazer parte de uma estratégia metabólica robusta, focada em desinflamação e longevidade, e não como milagre de verão. Se optarmos pela via manipulada, a farmácia precisa provar a origem e a qualidade do insumo.
Não brinque de roleta russa com o seu metabolismo. Tratamento sério exige procedência.
Você já conhecia essa diferença entre a marca e o insumo ativo? Me conta aqui.
Dra. Vivian Campos
CRMSC 15858 | CRMSP 128588
A verdadeira saúde começa pelas escolhas
Atendimentos em Joinville e Balneário Camboriú.