07/05/2025
A seletividade alimentar é comum na infância, mas quando associada ao autismo, ela costuma ser mais intensa, persistente e impactante. Abaixo está um comparativo entre a seletividade alimentar típica de crianças neurotípicas e a seletividade alimentar em crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista):
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✅ Seletividade alimentar comum (neurotípica)
• Fase transitória: Geralmente ocorre em fases específicas do desenvolvimento (como entre 2 e 6 anos) e tende a diminuir com o tempo.
• Preferência por paladar: A criança pode recusar certos alimentos por sabor ou textura, mas aceita experimentar novidades com alguma insistência.
• Influenciada pelo ambiente: Mudanças positivas no ambiente (exemplo: refeições em família, apresentação lúdica dos alimentos) ajudam na aceitação.
• Variação de alimentos: Apesar da recusa de alguns alimentos, a criança costuma ter uma dieta variada o suficiente para garantir nutrição adequada.
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🔶 Seletividade alimentar no autismo (TEA)
• Intensidade maior e duradoura: A recusa é mais intensa, rígida e pode persistir por muitos anos.
• Fatores sensoriais marcantes: Textura, cor, temperatura, cheiro e até o formato dos alimentos têm grande impacto — muitos alimentos são recusados por estímulos sensoriais específicos.
• Rigidez comportamental: A criança pode aceitar somente marcas específicas, formatos exatos ou apresentações repetitivas.
• Restrição severa: A variedade alimentar pode ser extremamente limitada (às vezes, 5 alimentos ou menos), o que aumenta o risco nutricional.
• Resistência extrema à mudança: Experimentar novos alimentos pode causar crises, ansiedade ou recusa total.
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🩺 Quando procurar ajuda?
Tanto em crianças neurotípicas quanto com TEA, é recomendável buscar ajuda quando a seletividade:
• Afeta o crescimento e ganho de peso;
• Gera deficiências nutricionais;
• Causa sofrimento intenso na criança e na família;
• Leva a conflitos recorrentes durante as refeições.