Psicóloga Gabriela Coelho

Psicóloga Gabriela Coelho Psicóloga estudante na área da psicanálise.

Um passeio bem psicanalítico!
13/10/2024

Um passeio bem psicanalítico!

Eles chegam: alguns sem saber o que falar, outros com o discurso pronto, alguns sem acreditar na vida, outros querendo s...
27/08/2024

Eles chegam: alguns sem saber o que falar, outros com o discurso pronto, alguns sem acreditar na vida, outros querendo saber mais dela, uns marcados por alguma perda que o paralisou, outros porque alguém disse que era bom.
São infinitas e diferentes as razões que levam alguém a buscar uma análise, e, alguma coisa, que chamamos de transferência, liga o analisando á aquele analista que inicialmente era um estranho, e então algo se amarra ali.

Alguns vem uma vez só, outros várias, e outros tantos, por meses, anos. Os que escolhem encarar uma análise, ouso dizer a partir da minha própria análise, podem ver a vida (a mesma vida) de outro jeito. É isso que faz uma análise acontecer, um sujeito apostando que tem algo ali, que pode mudar o rumo das coisas… e nessa aposta entra o analista.

Como analista, testemunhamos provavelmente alguns dos momentos mais difíceis de alguns analisandos, choros desesperados e desesperançosos da vida, perdas de entes queridos, pessoas repensando escolhas e relacionamentos. E também presenciamos conquistas, as ˜primeira vez˜ de muitas coisas que antes pareciam tão distantes, vemos o signif**ante que era parasitário e o definia perdendo a força, e a gente está lá, atrás do divã, vibrando em silêncio. Sustentamos o silêncio. Escutamos a dor. Transitamos pela mesma cena de diversos ângulos, e, por meio de intervenções, abrimos para o discurso, possibilitando a cadeia signif**ante se movimentar. Interrogamos, partimos palavras ao meio, colocamos vírgula ou interrogação onde era um ponto final.

Oferecemos nossa presença, uma presença com ausência (necessária). Afinal, se fazer presente é diferente de preencher o vazio desse outro. Para escutar é preciso se ausentar: uma presença ao estar ali mas uma ausência que deixa um espaço, um vazio, para que esse que se queixa possa construir contornos ao seu vazio.
Eu escuto pessoas todos os dias, e, nesse percurso, vejo criarem saídas, vejo eles adicionarem novas palavras às mesmas histórias, e acreditem, isso muda - e muito -o rumo das coisas.

Aos que tiveram passagem pela minha escuta e aos que ainda estão: Obrigada! Apostem no seu percurso.

Um pouco sobre meu trabalho e trajetória profissional!
26/08/2024

Um pouco sobre meu trabalho e trajetória profissional!

Inicie 2023 estudando as bases conceituais da psicanálise!Se você está iniciando a sua prática clínica, esse grupo de es...
06/02/2023

Inicie 2023 estudando as bases conceituais da psicanálise!

Se você está iniciando a sua prática clínica, esse grupo de estudos é pra você!

A partir do livro “Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan - As Bases Conceituais” do autor Marco Antonio Coutinho Jorge, as psicanalistas Gabriela e Naiara estarão abordando conceitos da psicanálise, trazendo outros autores e exemplos da prática clínica para auxiliar nessa construção.

Se você tem interesse pelo grupo de estudos, envie uma mensagem para o contato que está descrito na imagem.

O dia e horário serão definidos mediante a formação do grupo.

Esperamos por vocês!

Estar aqui, diante do local onde durante 40 anos Lacan (aquele a quem eu leio e estudo quase que diariamente) praticou a...
02/11/2022

Estar aqui, diante do local onde durante 40 anos Lacan (aquele a quem eu leio e estudo quase que diariamente) praticou a psicanálise me fez acessar minha trajetória.

Estar na função de analista exige para além do tripé (análise, supervisão e estudo contínuo). Estar na função de analista inclui acompanhar diversos processos, se vestir da douta ignorância, do lugar do não saber, do sujeito suposto saber, ser depositário do grande Outro, ser objeto causa de desejo, estar avisado da própria castração e se deparar com ela o tempo todo… é ver a potência de um signif**ante parasitário ir perdendo a força e ganhando novos sentidos. É acompanhar a angústia do analisando ao ter suas certezas balançadas, o encontro com o real… é acompanhar desconstruções e construções de novas fantasias. É apostar sem ter garantias. É olhar pro vazio do outro e convocar a fazer algo com isso ao invés de tamponar.

E fora da função de analista, tem muito mais. E quando eu saio desse lugar tenho muitos outros. E ainda bem, porque a gente não precisa ser uma coisa só o tempo todo.

Uma análise possibilita a ida para a posição de sujeito.
“A palavra plena é palavra que faz ato. Um dos sujeitos se encontra, depois, outro que não o que era antes” p. 147 SEM 1.

Inscrições abertas! Presencial e on-line.
25/10/2022

Inscrições abertas!

Presencial e on-line.

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25/10/2022

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Presencial e on-line.

É só a partir do momento que eu questiono os signif**antes trazidos pelo Outro que eu posso me se.parar dele. A alienaçã...
23/06/2022

É só a partir do momento que eu questiono os signif**antes trazidos pelo Outro que eu posso me se.parar dele.
A alienação é o lugar onde o Outro traz a verdade sobre mim. O Outro diz quem eu sou e não há nada além disso. Eu me agarro a isso e isso me define.
Mas sustentar isso que ele diz pode ser caro e custar a vida, afinal, se acredito que aquilo me define eu vou tentar a todo custo manter essa imagem. Aí vem aquela frase que o senso comum diz “você tem tudo, não sei porque não se sente feliz”. O tudo pro Outro é o seu tudo?
É natural queremos o olhar e o amor do Outro, a questão é a que preço. Qual é o preço para que eu exista no campo do Outro? Eu quero pagar esse preço? Isso que o Outro diz, me representa? O que pode me representar?
A análise é justamente questionar o que é vida e o que é morte.

“E se eu não sou isso, eu sou o que”? Talvez seja um dos momentos de mais angústia dentro de uma análise, quando o sujeito não se identif**a mais com o que esse Outro diz e tem que inventar um jeito próprio.

Quando o sujeito começa a questionar o lugar dele enquanto signif**ante, signif**ado e signif**ação,ele pode escolher o lugar que pode estar, porque ele também tem a palavra, e com isso pode se aproximar do seu desejo! Algo do meu desejo aparece quando posso questionar o que vem do Outro, aí pode-se dizer que ocorre uma separ.ação. Ora me alieno, ora me separo… mas só me separo quando coloco palavra, a minha própria palavra!

Hoje, a partir de um texto de tamanha delicadeza da  , fiquei pensando em quantos lutos é preciso se deparar e elaborar ...
17/05/2022

Hoje, a partir de um texto de tamanha delicadeza da , fiquei pensando em quantos lutos é preciso se deparar e elaborar em uma análise.
O luto de um ideal, o luto de alguém que se foi, de uma relação que se desfez, o luto da imagem que eu construí do Outro e de mim mesmo. E do quanto nesse momento, de algo que morre, ao se deparar com algo que cai, eu ouço os analisandos o definirem como “um vazio, um buraco”, de um Real que invade onde não se vê mais nada. Aquilo que antes era sustentação passa a ser pura angústia e desamparo… não tem relação especular nem semblante… o que era tudo passa a ser nada. E com o nada o que se faz?
Enquanto lá fora se diz que “faz parte”, em análise o sujeito tá partido, e é com esses pedaços que se vai trabalhar. Ao perder esse Outro, essa relação ou esse ideal, se perde também um lugar que se tinha, ou achava que tinha. Pedaços de nós são levados com isso que se foi. É como uma janela sem moldura. E sem a moldura não parece janela, parece buraco. E olhar para isso, dói!

Uma análise dá lugar ao nada. Num jogo de palavras, de um parasitário para a substituição, a causa de desejo: do nada o nadar… e do nadar, andar. E andando se pode ir para vários lugares.

Supereu, eita nome bonito esse né? Quem olha, acha que é um EU grandão, um super de super herói, daqueles que resolve tu...
26/04/2022

Supereu, eita nome bonito esse né? Quem olha, acha que é um EU grandão, um super de super herói, daqueles que resolve tudo. Pois bem, por aqui esse tal de supereu tem o poder de apagar o eu, ele coloca o sujeito no lugar de um objeto. É uma instância que se alimenta da dor, da dependência. Nesse lugar não existe palavra. O sujeito f**a num engessamento imaginário, onde se agarra a um único ideal (ele constrói um ideal de vida, por exemplo, e faz de tudo para manter aquele império) e, seja para manter isso no lugar ou ao se deparar com algo diferente daquilo que idealizou, ele se torna aquele que se sacrif**a, que se pune, que f**a preso ao sofrimento: ou eu sou isso ou não sou nada… se não é assim então sofre…

Aí entra a importância da palavra na análise para desconstruir esse império imaginário e construir outra coisa. Sem fala não há construção, sem fala não há escuta, sem fala não há movimento. Sem fala não há castração, só há um supereu que impera ordenando ao sujeito: sofra, se sacrifique, você deve sofrer!
Quando se torna palavra o sujeito pode sair desse lugar do supereu no gozo mortífero e ir em direção ao desejo. Por isso uma análise promove a queda dos ideais, para construir outros onde não seja mais preciso passar a vida morrendo por aquilo!

Convido a todos que tiverem interesse em conhecer um pouco mais da Psicanálise.    with ・・・No dia 05/04 as 19h estaremos...
19/03/2022

Convido a todos que tiverem interesse em conhecer um pouco mais da Psicanálise.

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・・・
No dia 05/04 as 19h estaremos numa live para transmitir a psicanálise, numa proposta de falar da teoria até a prática do analista.

Para essa conversa as analistas membro da Naiara Batista () e Giselle Carraro () e para compor a discussão, nossa convidada especial Gabriela Coelho ().

Aguardamos vocês!

Hoje pela manhã, alguém por quem tenho um amor tão especial, vem até mim com um sorriso no rosto e com seu dente que tin...
06/03/2022

Hoje pela manhã, alguém por quem tenho um amor tão especial, vem até mim com um sorriso no rosto e com seu dente que tinha, naquele exato momento, acabado de cair. Acolho e seguro em minha mão aquele dente que de imediato me levou para uma vivência infantil, que marca muito minha análise pessoal e que dava indícios da minha castração.
A cena que me leva, é de quando eu me encontrava no processo de perder os dentes, e foi amarrado um fio no dente que estava mole para que quando eu me sentisse pronta, puxasse para arrancar. Logo eu, neurótica que sou, quando me deparei com fio amarrado me desesperei e queria voltar atrás… bem verdade é que eu não queria me haver com o buraco que iria f**ar rs.
Acho importante fazer essa observação: só a possibilidade de perder já provocou des.espero.
Fui logo a um Outro pedir que des.amar.rasse o fio, mas, ao invés disso, foi puxado, e pronto: caiu o dente. Eu não sorri, eu chorei, diante do buraco eu chorei! E isso faz pensar de como eu me deparei (e me deparo) com a minha castração, com o meu furo, com a minha inconsistência.
De um supereu para o nome do pai pela via da palavra, em análise descubro que posso fazer algo com esse fio sem precisar pedir que um Outro decida o que fazer com ele. O fio é meu, e o furo também!

E sobre hoje, eu não precisei puxar um fio, mas pude SER o fio que estava ao lado e ver o outro lidar com o seu buraco.
O fio que um dia me apresentou o buraco, tem me conectado a vários lugares… e voilá!

Endereço

Joinville, SC

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