
17/02/2022
Quando tudo em volta induz à loucura, ao infantilismo e à exasperação imaginativa, a excentricidade e a inversão de valores parecem ser a regra.
Com isso, há uma supervalorização de coisas pequenas/baixas e o menosprezo de coisas grandes/altas. As EMOÇÕES se sobressaem à INTELIGÊNCIA e passam a nos governar.
Na nossa cultura, podemos ver alguns reflexos disso: “emojis” e “reacts” como principais signos da linguagem; o escândalo como ápice da arte (na música e no cinema, principalmente); a loucura como pré-requisito para ser 𝘤𝘰𝘰𝘭. Exagerar parece ser obrigatório.
O resultado disso é óbvio: ansied4de, depress4o e suic1dios cada vez mais crescentes. Relacionamentos conturbados. Pessoas infelizes, sem nenhum sentido na vida, a não ser reagir aos estímulos externos, como se fossem ratos num laboratório.
Só há uma chave para sair disso: o DESPREZO.
A palavra "desprezo" vem do latim 𝘥𝘦𝘱𝘳𝘦𝘵𝘪𝘶𝘮 [de(oposto)+pretium(preço/peso/valor)] e significa "tirar o peso" ou "diminuir o valor" de algo. Esse é o segredo: tirar o peso e diminuir o valor EXCESSIVO que colocamos nas coisas devidos às nossas emoções desordenadas.
Se aprendermos a desprezar, tratando cada situação e cada coisa com o seu devido valor, poderemos ser pessoas equilibradas, ordenadas, maduras, lúcidas, fortes e realizadas.
Somente desprezando o que não tem valor, poderemos valorizar o que tem e, assim, deixaremos de ser reféns das circunstâncias e passaremos a SER, de verdade.