18/10/2024
Quero compartilhar algumas angústias e, também, alguns questionamentos, refletir é essencial para amadurecermos e aprendermos.
Ser psicólogo num mundo que é limitante é uma tarefa frustrante as vezes, carregada de incertezas e travando uma batalha entre a razão e a emoção.
Antes da psicologia surgir aqueles com algum transtorno mental eram seres invisíveis, eram enjaulados, acorrentados, desprovidos de suporte mental e desconectados do mundo e das outras pessoas. Pensar diferente era considerado pecado, era “coisa do diabo”, a perda da realidade mostrava uma face da sociedade assustada e perdida, “se não tem tratamento então vamos prender, esconder e fingir que não existe”.
A Psicologia traz consigo aquilo que o ser humano deixou de ser ou acreditar, coisas ou pessoas, eventos ou momentos, traumas ou oportunidades, e porque não, liberdade, amor, inspiração, saudades, encantos, frustrações, desejos, prazeres, empatia, confiança, alegria e tristeza. Pois isso tudo representa a Psicologia, a química que enlaça o ser humano num todo, que não se satisfaz apenas com um por que, mas sim, com todos os porquês daquela pessoa sentada na frente do psicoterapeuta e o motivo dela estar ali sofrendo ou contando algo que é importante para ela.
Pensar em saúde mental dar o devido valor para qualquer pessoa que esteja em sofrimento psíquico e poder recuperar um pouco do que lhe cabe de consciência e razão. Claro que não é tão simples assim, sejamos sinceros a ponto de nos permitir aceitar os limites de cada um, inclusive da própria ciência.
Aquilo que se nega não desaparece, apenas se camufla, e é papel do psicólogo trazer à tona tal sofrimento para fortalecer o indivíduo e ensiná-lo a se defender daquilo que lhe causa algum mal. O psicólogo serve como um farol, iluminando o caminho dos navios perdidos e indicando a rota mais adequada, mais saudável onde o navio vai atracar.