12/07/2025
Scroll infinito, ansiedade constante.
📱 Uma mente acelerada, um corpo presente, mas ausente.
Você já parou para pensar o que está em jogo no uso excessivo das redes sociais?
Na psicanálise, entendemos que nenhum comportamento é aleatório.
Quando algo se repete — como abrir o Instagram sem perceber, rolar por horas sem propósito ou sentir culpa depois —, vale perguntar:
“O que estou tentando evitar ao me perder aqui?”
📌 O que as redes sociais ativam em nós?
– O desejo de ser visto, reconhecido, desejado
– A comparação constante com o outro idealizado
– A ilusão de controle e conexão– A fuga da angústia, do vazio, do silêncio
O feed nunca acaba.
Porque a nossa falta também não.
E quanto mais tentamos preenchê-la com estímulos, mais nos distanciamos da escuta do que realmente sentimos.
Segundo Freud, o sujeito está sempre dividido, sempre em falta.
A promessa das redes — de completude, felicidade constante, pertencimento — é sedutora porque toca justamente nesse ponto: na fantasia de que algo externo pode nos completar.
🧠 Mas o excesso cobra um preço:
– Ansiedade constante
– Dificuldade de concentração
– Insônia e exaustão mental
– Crises de autoestima
– Sensação de inadequação
💬 Quando não conseguimos parar, não é só sobre “falta de foco” — é sobre um movimento inconsciente, um sintoma que tenta dizer algo.
O scroll infinito, muitas vezes, é um modo de calar o que no fundo grita por escuta.
✨ O que fazer?
A saída não é o radicalismo, mas a consciência.
Observar como e por que você usa as redes.
O que você busca ali — e o que tenta evitar aqui dentro.
A terapia pode ser esse espaço de elaboração, onde você passa a nomear aquilo que até agora só aparecia como excesso.
Você não precisa sumir da internet.
Mas talvez precise se reencontrar fora dela.