28/02/2024
É frequente ouvir sobre o diagnóstico de Prematuridade, condição que acontece no Brasil em 11,5% dos partos, taxa de ocorrência quase duas vezes superior à observada nos países europeus1.
Além de condição relativamente comum, é grave! O motivo complicações relacionadas à prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil no mundo e, considerando que em Juiz de Fora, a taxa de mortalidade infantil é superior à do estado de Minas Gerais desde 20182, ressalta-se o quanto a situação é preocupante.
Sabe-se que quanto menor a idade da gestação ao nascer, maior é a chance de mortalidade ou sequela e que, com 24 semanas de gestação, em torno de 6 meses de gravidez, a taxa de sobrevida sem sequelas é de apenas 25,9%3.
Após esses dados assustadores, conheça mais um prematuro extremo, este com 24 semanas de gestação e peso de 640 gramas, cuja batalha na UTI se encerrou no dia 27 de fevereiro.
Devido a uma corioaminioite, Natália teve indicação de interrupção da gestação, situação angustiante e de incertezas. Após longo período de internação, cheio de altos e baixos e 109 dias de história para contar, RN de Natália, assim chamado nos primeiros dias, se transformou em João Miguel, quem recebe alta sem evidências de sequelas e com peso adequado para a idade corrigida.
O sucesso é multifatorial, percorre o caminho trilhado pelo acolhimento na UTI Neonatal, a participação e comprometimento de uma equipe capacitada, o suporte de um setor estruturado e o permeio constante da humanização e da inclusão da família nos cuidados.
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Referências:
1- Pesquisa Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento (2011 a 2012).
2- Dados da SES- MG.
3- Reanimação do recém-nascido