17/09/2025
Desde 1º de setembro, a casa natal de Freud, em Příbor, está fechada para visitação. O motivo? A preparação de uma nova exposição permanente, organizada desde o início deste ano.
Fui convidado a contribuir por ter escrito as biografias de Amalia Nathansohn, Jacob Freud e Josef Breuer. Em pouco mais de um mês, preparei cerca de 70 páginas com registros e interpretações inéditas, voltadas a esclarecer especialmente a dinâmica familiar vivida pelo pequeno Sigismund — que morou na então “Freiberg” até o terceiro ano. Meu livro traz parte dessa dinâmica em linguagem acessível, funcionando, por ora, como um elo entre o nosso tempo e aquela cidade do interior da atual República Tcheca, na metade inicial do século XIX. Vale a leitura.
A nova exposição está sendo pensada para dialogar com todas as gerações — o que certamente envolverá ainda mais os visitantes. Conheço o trabalho dos organizadores e do Conselho Municipal de Příbor há cinco ou seis anos, e posso afirmar: o cuidado com a história local é de uma seriedade ímpar.
A reabertura oficial do museu está prevista para maio de 2026, no 170º aniversário do nascimento de Freud. Pretendo estar presente nessa ocasião especial, independentemente da forma como minha pesquisa venha a ser aproveitada — estou para receber um retorno. Até lá, sigo celebrando a ligação que se fortalece com essa cidade singular, onde reuni boa parte do material que estruturou Como tudo (finalmente) começou. Recentemente, um site local publicou gentilmente um artigo sobre o livro — sinal de que essa relação começa a ganhar forma.
Boa leitura — e aguardem novidades.
André Schüller