23/09/2023
Relatos de uma mãe que testemunhou seu filho passando por uma crise de ansiedade. O que ela presencia e sente naquele momento é algo que ficará eternamente gravado em sua memória. O corpo dele tremia como se ecoasse a agonia de sua alma. Suas mãos, que antes eram quentes e acolhedoras, estavam geladas e trêmulas. O suor brotava de sua pele, enquanto as pernas dele pareciam estar conectadas a um vi****or, uma manifestação angustiante da síndrome de pernas inquietas. A respiração do filho mal conseguia escapar, o coração dele batia rapidamente, e os olhos estavam repletos de lágrimas e ao mesmo tempo o choro não saía. Por um instante, parecia que o corpo dele estava desconectado da realidade, como se estivesse prestes a apagar-se.
Por um instante, ela fez uma viagem no tempo, já tinha vivenciado uma cena assim, onde ela era quem sentia todos esses conflitos de emoções. Agora era seu filho, o coração dela se encheu de preocupação e compaixão. Ela fez a primeira pergunta que veio à mente, seguida da segunda: “O que está acontecendo? "O que você sente?". A resposta veio em forma de um gemido desesperado e angustiado. A voz trêmula do filho refletia o profundo desespero que o consumia. "Eu não sei... Eu não sei... Só não quero sentir isso. Tenho vontade de chorar, mas as lágrimas não vêm. Quero gritar, mas o grito não sai. Quero correr, mas minhas pernas não respondem, não tenho força. Quero dormir, mas o sono não chega. Eu não quero continuar assim. Eu não quero sentir isso. Por favor, me ajude. Eu não quero ficar assim, é terrível. Sinto uma dor no peito, um nó na garganta. Minha cabeça parece que vai explodir, por que minhas pernas estão assim. Tenho medo, não sei de quê, não sei o que sinto, mas não quero continuar assim. Quero que isso acabe. Por favor, me ajude."
As lágrimas pareciam congeladas nos olhos dele, as pernas continuaram agitadas, e as mãos tremiam cada vez mais. O coração dele batia freneticamente, e a respiração era curta e entrecortada.Diante dela, havia um rosto pálido e assustado, imerso em um profundo temor.
Ela sabia que não se tratava de frescura, fingimento, falta de Deus ou busca por atenção.Era o corpo físico do filho gritando por socorro