03/09/2025
O fim da relação não é apenas perda, mas a chance de um renascimento - não para repetir o passado, mas para inventar -se de novo.
Quando tudo acaba numa relação o medo nao é da separação em si, mas do vazio que se abre quando o outro deixa de ser moldura onde projetavamos nossas certezas .
O medo paralisa porque exige morrer para um modo de existir e nascer para outro ainda sem forma . É mais "facil" permanecer na ruína conhecida do que arriscar o desconhecido. O coração sabe que já não há vida no espaço partilhado, mas a mente se agarra a ilusões de estabilidade .
O medo fabrica desculpas, "talvez mude", "talvez melhore", "talvez seja só uma fase". E assim se adia o passo que poderia libertar.
Partir ainda que doa, é um ato de fidelidade ao que dentro de nós pede vida.
Permanecer numa relação morta é enganar a si mesmo para não encarar o peso da liberdade. A ilusão de segurança se torna mais confortável do que o risco de ser, sozinho, o autor da própria história.
Dar um passo não é fácil, mas um gesto fiel a sua liberdade.