A Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral é uma Organização Xamânica Científica Espiritual, monoteísta, apolítica, sem fins comerciais, isenta de preconceitos, independente e sem ligações diretas com nenhuma religião ou entidade religiosa. Mais alegamos aqui que o termo Xamanismo surgiu muito antes de ser a antiga religião dos mongóis e das nações circunvizinhas à Sibéria. De fato, o Xamanismo teve muita influência do povo molgol, porém, surgiu muito antes. Antecedendo inclusive os Dravidas, a primeira grande civilização indiana. O Xamanismo surgiu no mais antigo grupo social da Índia, os proto-australóides, os primeiros aborígenes indianos, os quais tinham sua cultura estruturada no totemismo, sendo a Serpente o principal símbolo de reverência desta primeira tradição xamânica, conhecidos como Nagas, adoradores da Serpente e dos Yaksas (espíritos da natureza – pedras, animais, árvores, rios, montanhas, estrelas e etc). A Serpente sempre representou o símbolo da virilidade, do conhecimento e da magia, aliada aos espíritos da natureza, formando assim, o panteão mítico que, em seu início, influenciou os primeiros rituais xamânicos, e o desenvolvimento das crenças do Hinduísmo e da Filosofia Védica. Posteriormente, na era védica (período de formação dos quatro Vedas), encontramos resquícios culturais dessa primeira tradição, expressado pelos hinos, mantras e encantamentos do Atharva Veda, a última das quatro primeiras escrituras sagradas da Índia. O valor dos Nagas (Serpentes) pode ser encontrado no Satapatha Brahmana do Rg Veda, onde os antigos xamãs reconhecem que o verdadeiro conhecimento, Veda, é o saber dos Nagas e que estes seres preservam as ciências antigas e os segredos dos poderes mágicos da cura. Determinadas famílias e antigas dinastias reais citam os Nagas como seus primeiros ancestrais. Os primeiros deuses, os doze filhos de Aditi, eram originalmente Serpentes. Os primeiros aborígenes da Índia, falavam dialetos de características Munda e Kolária, similares ao grupo linguístico da indo-china, Mon-Khmer. Possuiam pele clara, cabelos ondulados e traços físicos e facias parecidos com os povos da antiga Birmânia, Malásia, Sri Lanka, Sumatra, Ilhas Célibes e Austrália. Só após o crescimento da Civilização Dravida do Vale do Indo, que grande parte das comunidades aborígenes foram estruturadas, enquanto outra parte migrava para regiões mais afastadas, como China, Mongólia, Sibéria, Tailândia e toda a Oceania, dando continuidade às suas tradições. Em seguida, o Xamanismo influenciou o Budismo, que se espalhou da Índia para toda a Ásia. Na China também o Xamanismo influenciou a filosofia de Lao Tse. O Zoroastrismo foi a religião que mais recebeu influência do Xamanismo. O ponto de maior fragilidade do Xamanismo foi quando passou a ser influenciado pelo Cristianismo. O Xamanismo foi a primeira prática espiritual que a humanidade adotou, influenciou e também sofreu influências de diversas religiões e correntes filosóficas e espiritualísticas. Shiva e Parvati - O Casal Cósmico O Xamanismo Ancestral foi quem primeiro divinizou o Sagrado Feminino em toda a história da humanidade, dando assim o surgimento de uma série de religiões pagãs que praticavam o culto sagrado à Grande Deusa. A Índia é o berço de toda a nossa história e a mais de 300 mil anos os xamãs ancestrais mantêm acesa a chama desse conhecimento multimilenar. No Xamanismo Ancestral a figura do Sagrado Feminino, a Mãe-Terra, esta associado à personalidade da Deusa Parvati, a consorte eterna do Deus Shiva em seu aspecto Shankara, O Grande Deus Índio e Pai do Xamanismo. No Xamanismo Ancestral, Shiva e Parvati, exteriorizam o arquétipo do Pai-Céu e da Mãe-Terra. Da união deste casal cósmico nasce então Ganesha, o fruto da consciência xamânica, o primeiro xamã. O filho que trás para a mundo o despertar da consciência cósmica, o libertador dos obstáculos impostos pela mente humana. Aquele que desce ao inferno de sua própria consciência e depois retorna ao estado de consciência transcendental, como o acordar de um aterrorizante sonho. Para o Xamansimo Ancestral o Senhor Shiva Shankara e sua consorte Parvati representam expansões plenárias da energia interna do Grande Espírito do Grande Mistério Shivaya.