Animi - Unidade de Tratamento Oncológico

Animi - Unidade de Tratamento Oncológico Especializada na prevenção - ensino - pesquisa - diagnóstico, tratamento do câncer e cuidados pa Buscamos a humanização na saúde.

Consideramos possibilidades de tratamento que gerem emoções positivas aos nossos pacientes. Estimulamos a percepção de novas oportunidades e proporcionamos transparência no processo decisório que envolve o diagnóstico, o tratamento e a cura.

Dia do OncologistaÉ curioso como as escolhas mais profundas da nossa vida começam tão cedo.Quando somos crianças, nos pe...
09/07/2025

Dia do Oncologista

É curioso como as escolhas mais profundas da nossa vida começam tão cedo.
Quando somos crianças, nos perguntam com leveza: “O que você quer ser quando crescer?”
E mais tarde, na faculdade de medicina, já nos confrontam com outra pergunta mais pesada:
“Qual especialidade você vai seguir?”
“Vai fazer outra residência?”

Mas a verdade é que não existe uma fórmula exata. Não há uma resposta pronta.
No momento da decisão, o que nos acompanha é um turbilhão de dúvidas, medos, incertezas — muitas vezes mais por pressões externas do que por escuta interna.

Transformar alguém em médico é quase como treinar um soldado.
Não nascemos prontos.
É preciso cultivar habilidades físicas, emocionais, espirituais.
É preciso aprender a carregar o peso do cuidado, a dor do outro, o limite da vida.

E então… a Oncologia se apresenta.
Mas não como uma escolha comum.
Ela vem como um chamado.
Um sopro divino.
Um convite da alma.

Ser oncologista vai muito além de ter uma profissão.
Não se trata de horários fixos, de status, de férias, de crachás.
Trata-se de presença.
De amar profundamente o que se faz.
De estar disponível — de corpo, mente e coração — todos os dias.
De carregar na alma os rostos de pacientes, famílias, histórias…
Trabalhamos de segunda a segunda. E mesmo quando o corpo descansa, a mente continua ali, pensando em alguém que está lutando.

Incontáveis pessoas cruzaram nosso caminho.
Pacientes. Alunos. Colegas. Mestres. Amigos de jornada.
Quantas vidas tocamos?
Quantos sofrimentos suavizamos?
Quanta dignidade ajudamos a preservar — na vida e na morte?

Não sei.
Não temos como contar.
Seguimos apenas.
Caminhando.
Cuidando.
Escutando.
Estudando.
Amando.

E a cada pessoa que encontramos, também somos transformados.
Porque ser oncologista não é apenas exercer uma função.
É se entregar a uma missão.
E por isso, hoje, no nosso dia, só cabe um sentimento: gratidão.

Gratidão a Deus.
Gratidão a cada vida que confiou em nossas mãos.
Gratidão à equipe que caminha ao nosso lado.
Gratidão àqueles que nos tornaram quem somos.

Parabéns a cada oncologista que honra esse chamado com coragem, compaixão e amor.

08/07/2025Hoje foi um dia difícil.Começamos com a notícia dura e repentina da despedida de uma paciente querida — amada ...
08/07/2025

08/07/2025

Hoje foi um dia difícil.
Começamos com a notícia dura e repentina da despedida de uma paciente querida — amada por todos nós do time de pesquisa Animi.

A vida é assim: nunca sabemos quando será o último abraço, a última troca de olhares, a última palavra dita com carinho ou aquele aperto de mão silencioso que diz tanto.

O dia seguiu:
Atendimentos intensos.
Famílias saindo aliviadas.
Outras recebendo notícias duras, que couberam a mim comunicar.
Auditoria, ritmo acelerado, perdas, ganhos, cafés apressados, abraços longos… lágrimas contidas, sorrisos inesperados, planos sendo semeados em meio ao caos.

E mesmo assim — ou talvez por isso mesmo — é impossível abrir mão do autocuidado.
Ele precisa ser diário, insistente, quase teimoso.
Faça. Todos os dias. Sem interrupção. Até que seja natural como respirar.

Porque mover o corpo é também cuidar da alma.
É uma oração muda.
É o jeito que o corpo encontra de liberar o que o coração ainda não conseguiu nomear.
É transformar o peso em leveza. O turbilhão em clareza.

Hoje, o céu nos presenteou com a Lua em Sagitário sob o Sol em Câncer — um convite sutil a correr ladeira acima, respirar o ar gelado de Lages e sentir que, apesar da dor, estamos vivos.

Obrigada, Mariane, pela presença e parceria nesta noite.
Às vezes, o simples fato de estar junto já é cura.

Hoje, domingo ensolarado emLages, foi dia de praticar slow medicine com esses jovens estudantes, Pietra e Pedro e a médi...
06/07/2025

Hoje, domingo ensolarado em
Lages, foi dia de praticar slow medicine com esses jovens estudantes, Pietra e Pedro e a médica R1 Talita, e mostrar a arte de fazer medicina raiz.

Também foi dia de descascar cebola com esses jovens, tiramos a nossa armadura de “homem de ferro” e entramos no quartos dos pacientes sem julgamentos prévios… e assim, todos choramos na beira do leito, com as palavras que ouvimos de uma paciente, em especial, que estava sendo grata por estar entendendo o processo da cura espiritual que estava vivendo e mesmo que não pudéssemos mais curar a doença física dela, ela nos deu uma lição de espiritualidade.

Depois choramos com a palavras de uma filha que está vivendo com o pai as últimas horas de vida dele, sendo grata pela vida, por estar com ele, dando signif**ado a esse último dia de contato físico com ele, e dando a permissão para ele ir para a “casa” em paz…

A aceitação da morte, impensável para quem se sente saudável e feliz, vai sendo progressivamente construída pelo sofrimento que mina as últimas resistências e torna a morte compreensível, e algumas vezes, desejável.

Mas as reações dos pacientes diante da percepção de que se perdeu o controle da doença são completamente imprevisíveis.
Uns se entregam com à fatalidade e aceitam o que se proponha com submissão. Outros são fortes o suficiente para se manterem no comando.

Nunca paramos de estudar, queremos aprender mais e mais sobre a doença que o paciente está sofrendo.. mas costumo tentar explicar para os aprendizes, que tudo isso está nos livros e artigos e tratar a doença é a parte mais fácil da medicina.

Então, no domingo eu gosto de passar nos quartos dos pacientes com calma, e sentar ao lado do paciente, tocar neles e deixar eles falarem e assim, os estudantes percebem que o lugar que a gente mais aprende medicina é dentro do quarto do paciente, estando ali, disponível, por inteiro, pois o paciente que está em sofrimento e, muitos hoje, estavam em momentos finais de vida, não tem mais pudores, eles falam o que precisa ser dito e eles querem nos ensinar um pouco mais sobre a vida.

Hoje, houve silêncio, houve soluço, abraços, transformação e aceitação.

  ・・・ManifestoA Morte é, sim, um dia que vale a pena viverNós, profissionais do cuidado, não estamos aqui para negar a m...
06/07/2025


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Manifesto

A Morte é, sim, um dia que vale a pena viver

Nós, profissionais do cuidado, não estamos aqui para negar a morte.
Estamos aqui para honrá-la como parte da vida.

Quando um médico, especialmente um paliativista, afirma que “a morte não é um dia que vale a pena viver”, ele não está fazendo uma análise clínica.

Ele está revelando um limite — de formação, de maturidade, de presença.

E esse limite não é neutro.
Ele produz abandono, distanciamento, violência disfarçada de tecnicismo.

Nós não fomos chamados à beira do leito para declarar o fim do valor de uma vida.

Fomos chamados para sustentar o que ainda vive, mesmo que seja pouco.

Mesmo que seja silêncio.
Mesmo que seja presença.

Este manifesto é um chamado à responsabilidade. Porque ninguém tem o direito de roubar o valor do último dia.

A morte pode ser dura, sim.
Mas também pode ser reconciliadora. Pode ser um tempo de amor, de perdão, de verdade, dignidade vivida por quem recebeu cuidado, ao menos dos profissionais de saúde.

Negar isso é negar o próprio sentido de estar ao lado de quem morre.

Por isso, afirmo:

• Que nenhum paciente morre sem vida.
• Que nenhuma vida merece morrer sem cuidado.
• Que todo dia vivido com presença é um dia que vale a pena viver — inclusive o último.

Se você não consegue ver isso, tudo bem. Mas não chame ninguém de paliativista até que possa conseguir.

Porque a medicina que cuida até o fim precisa ser inteira. Precisa ser humana. Precisa ser real.

E precisa lembrar — todos os dias — que a morte não é o fim do cuidado. É o dia onde o cuidado precisa ser mais profundo.

Não é nada sobre romantismo. É sobre humanidade.

ACQA

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  ・・・Conexão é quando algo em mim reconhece algo em você.Não precisa de explicação, nem de esforço.É como se já houvesse...
05/07/2025


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Conexão é quando algo em mim reconhece algo em você.
Não precisa de explicação, nem de esforço.
É como se já houvesse um fio invisível ali, esperando o momento certo para se manifestar.
Às vezes acontece num olhar, num silêncio compartilhado, numa presença que acalma sem precisar fazer nada.
Conexão não é sobre quantidade de tempo, mas sobre qualidade de presença.
Não exige constância, só verdade.
Porque quando duas presenças vibram na mesma frequência, o encontro acontece mesmo sem palavras.
E mesmo que a vida mude os cenários, o laço segue ali — firme no invisível.
Tem gente que se afasta, mas não some.
Tem gente que parte, mas não deixa de estar.
A alma reconhece.
O amor permanece.
E a conexão verdadeira... continua falando.
Mesmo quando tudo está quieto. 💫🩵

Uma das melhoras horas do dia, quando o pôr do sol reflete nas janelas do prédio Animi e inunda o consultório de luz, es...
03/07/2025

Uma das melhoras horas do dia, quando o pôr do sol reflete nas janelas do prédio Animi e inunda o consultório de luz, esquenta, energiza e relaxa em um final de dia cheio de realizações.

A gratidão é uma manifestação de luz.

Reflexões de um dia de muitos atendimentos:
“Ninguém é mais agradecido que o humilde tratado com dignidade”.

  ・・・Quando cuidamos de alguém que sofre, quando aliviamos uma dor física, social, emocional ou espiritual, também estam...
03/07/2025


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Quando cuidamos de alguém que sofre, quando aliviamos uma dor física, social, emocional ou espiritual, também estamos salvando vidas.

Porque salvar uma vida não é só impedir a morte. É devolver dignidade, conforto e esperança a quem mais precisa.
Sofrimento não pode esperar.
Vamos lembrar: dor e sofrimento são urgências. E o cuidado é o maior gesto de humanidade que podemos oferecer.

Mais um mês se encerra, e posso dizer, que nesse mês junino me surpreendi com essa menina médica R2 de clínica médica do...
01/07/2025

Mais um mês se encerra, e posso dizer, que nesse mês junino me surpreendi com essa menina médica R2 de clínica médica do HTR, chamada Juliana, que chegou de mansinho, com o seu tom de voz baixo, mas sempre com as palavras certas e olhar expressivo.

Uma certa timidez, na primeira impressão, mas com os dias se passando, foi mostrando o sorriso e f**ando mais à vontade com a nossa rotina da oncologia no hospital.

Durante esse mês, ela conseguiu compreender a essência da oncologia, uma ciência na qual não decidimos a vida dos pacientes sozinhos, sempre pedimos ajuda aos nossos colegas médicos e equipe multi, chegando a um consenso no melhor sequenciamento de tratamento para eles. Tivemos as apresentações semanais dos “tumor board” onde ela cresceu em cada segunda-feira desafiante.

Ela observou, de forma respeitosa e compassiva, como é escutar o paciente falar, quando as palavras não saem da nossa boca, entendeu o valor do silêncio, sentou ao lado de muitos pacientes muito doentes, segurou a mão deles, os abraçou e entendeu como é fazer uma medicina de forma simples, humana, sem medo, sem máscaras, medicina raiz, entendendo o propósito do cuidar do outro com técnica e compaixão.

Aprendeu sobre o toque humano: o simples toque de alguém na nossa pele faz com que ocorram reações em nosso corpo, desencadeando respostas variadas, do tipo irritação e repulsa, aconchego e acolhimento. As famosas células de Merkel são as culpadas por tudo isso…

A doença, faz a gente perceber o valor dessa proximidade física, pois f**amos vulneráveis, sozinhos, como se estivéssemos no escuro e frio.
O toque humano cria vínculo, esquenta, aquece, ilumina, e logo adiante será a senha de acesso à parceria.
O simples toque humano estabelece analgesia, tira a dor e tira o medo.

Com toda essa intensidade de vivências que couberam em 30 dias, ela, também, entendeu que tão importante quanto cuidar do outro é cuidar de si mesmo, assim temos que nos amar e cuidar da nossa saúde física, emocional e espiritual.

Aceitou o meu convite e desafio, e fomos correr juntas nas ruas de Lages. Terminou o mês, com menos medo, leve e pronta para encarar os próximos desafios nesse caminho chamado ViDa.

  ・・・Cada dia é um presente inesperado. Meu plano? Desembrulhar sorrisos e colecionar momentos felizes.
30/06/2025


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Cada dia é um presente inesperado. Meu plano? Desembrulhar sorrisos e colecionar momentos felizes.

Ser oncologista é ensinar a arte de viver para quem está ao nosso lado.Comparo o oncologista como um maestro de uma orqu...
27/06/2025

Ser oncologista é ensinar a arte de viver para quem está ao nosso lado.

Comparo o oncologista como um maestro de uma orquestra.

No diagnóstico da doença que ameaça a continuidade da vida, precisamos alinhar os nossos objetivos com o cirurgião, com a paciente, família, equipe multi e sempre respeitando a fé de cada paciente, pois esse plano tem que estar alinhado com os propósitos divinos!!!

Feito isso, começamos a tocar a música da vida, vamos dançando conforme cada música vem surgindo com os acordes afinados… e seguimos caminhando e os caminhos vão aparecendo, vão f**ando mais claros… até que chegamos no jardim da vida.

Tudo f**a claro, perfumado.. e entendemos o propósito.

Isso não é só sobre cura de câncer.

Oncologia Uma especialidade na qual nos dedicamos sendo inteiros, de corpo e alma, nosso coração bate forte todos os dia...
26/06/2025

Oncologia

Uma especialidade na qual nos dedicamos sendo inteiros, de corpo e alma, nosso coração bate forte todos os dias, vamos dos extremos de emoções diariamente, vibramos com pequenas vitórias e choramos quando um exame não vem como a gente esperava.

Hoje, vivi um momento muito difícil e delicado da minha profissão com médica.
Comunicar notícias de piora de doença a uma paciente amiga super jovem, que me permite cuidar dela há mais de 6 anos.

Pode parecer normal.. mas a gente sempre f**a com medo, a ansiedade vem junto e como eu me preparo? Estudando, discutindo com colegas o melhor caminho de sequenciamento de tratamento, cuidando de mim, respirando antes de entrar em contato com o paciente, meditação, música, arte, corrida.
Auto-cuidado e auto-compaixão diariamente, pois eu preciso me amar para poder amar o outro que está na minha frente pedindo ajuda.

E eu preciso tocar, segurar as mãos, sentir a energia de quem está comigo, para entender até onde eu posso falar e o quanto ele está disposto a ouvir.

Escuto muito os familiares dizerem para o paciente que está tratando o câncer:
- você é forte, você é guerreira, vai superar tudo isso.

Não chame ninguém de forte.
Dentro de mim, é uma palavra proibida, e isso aprendi com meus pacientes.
Porque parece um elogio, mas não é.
Há uma natureza perversa no incentivo: você se vê obrigado a aguentar tudo sem reclamar.
Representa um empurrão ao sofrimento silencioso.
Quem é forte não chora.
Quem é forte não pede ajuda.
Quem é forte suporta o aumento interminável de demandas e encargos.
Quando você diz que alguém é forte, está avisando que nada o atinge - o que é uma mentira.

Deixa chorar, deixa gritar, deixa pedir ajuda.

  ・・・A morte não encerra tudo.Ela transforma presença em lembrança, toque em memória, gesto em legado.E se a memória com...
26/06/2025


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A morte não encerra tudo.
Ela transforma presença em lembrança, toque em memória, gesto em legado.

E se a memória começa quando a vida termina… que lembranças você quer deixar em quem ama?

Viver com presença é construir, dia após dia, a história que continuará mesmo depois da nossa partida.

Endereço

Lages, SC

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 18:00
Terça-feira 08:00 - 18:00
Quarta-feira 08:00 - 18:00
Quinta-feira 08:00 - 18:00
Sexta-feira 08:00 - 18:00

Telefone

+5549984048654

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