Psicólogo Helder Cardoso

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Há 9 anos na área, com referência teórica em psicanálise, com uma longa tradição no estudo e tratamento das mais variadas formas de transtornos e conflitos mentais.

Um pouco de poesia, para poder alargar nossos limites...
25/07/2025

Um pouco de poesia, para poder alargar nossos limites...

Esse trecho da canção "O vento", da banda Los Hermanos, traz em si uma noção muito refinada a respeito dos lapsos de mem...
17/07/2025

Esse trecho da canção "O vento", da banda Los Hermanos, traz em si uma noção muito refinada a respeito dos lapsos de memória, fenômenos a que Freud dedicou muita atenção.

Freud considerava que os lapsos, os esquecimentos cotidianos possuíam uma significação inconsciente.

Muitas vezes nos esquecemos do que não queremos lembrar: aquele compromisso a que estamos afim de ir, aquele combinado que gostaríamos de não ter combinado, etc. e etc.

Fato é que nossos desejos influenciam profundamente nossa memória. Se estivermos atentos a isso, poderemos conhecer um pouco melhor a nós mesmos diante desses esquecimentos. Quando a memória falha, nosso desejo é quem fala...

Geralmente o que leva alguém a procurar por um profissional da área psi é um sintoma, alguma forma de mal-estar, de sofr...
04/07/2025

Geralmente o que leva alguém a procurar por um profissional da área psi é um sintoma, alguma forma de mal-estar, de sofrimento, algo que incomoda, atrapalha, impede o sujeito de viver bem.

No entanto nem sempre (ou quase nunca) está claro para o sujeito nesse primeiro momento do tratamento quais as causas daquele mal-estar. E mais importante ainda: quase nunca está claro para o sujeito qual a implicação dele próprio naquele sofrimento e o que ele pode fazer para que as coisas mudem.

O momento inaugural de um tratamento em saúde mental não é, necessariamente a primeira sessão, como pode parecer à primeira vista.

O momento que dá início, de fato, a um tratamento é aquele em que o paciente se interroga sobre seu sintoma, faz de seu sofrimento uma interrogação sobre si mesmo, sobre sua história, seu modo de vida. É aí que alguma mudança pode começar a acontecer.

Basta observar por um instante as diferentes culturas espalhadas ao redor do mundo para perceber que são muito diversas ...
01/07/2025

Basta observar por um instante as diferentes culturas espalhadas ao redor do mundo para perceber que são muito diversas as maneiras de ser homem e ser mulher para cada povo.

Dessa diversidade facilmente observável podemos deduzir o quanto esses papéis de homem e mulher e todos os significados que giram em torno deles são transmitidos culturalmente, simbolicamente, e não geneticamente.

Se ser homem e ser mulher fosse algo da ordem do natural, se bastasse seguir os instintos, talvez as coisas fossem mais simples para o humano, esse ser que tanto se angustia com os mal entendidos e desencontros provocados pelas questões da masculinidade e da feminilidade...

POR QUE É TÃO DIFÍCIL SUSTENTAR UMA RELAÇÃO AMOROSA AO LONGO DO TEMPO?(por ocasião do Dia dos Namorados)
16/06/2025

POR QUE É TÃO DIFÍCIL SUSTENTAR UMA RELAÇÃO AMOROSA AO LONGO DO TEMPO?
(por ocasião do Dia dos Namorados)

Porque às vezes preciso aprender a desaprender...
02/06/2025

Porque às vezes preciso aprender a desaprender...

Pode parecer um paradoxo, mas a busca ávida pelo sucesso muitas vezes só leva ao mesmo e velho fracasso. Lacan dizia que...
29/05/2025

Pode parecer um paradoxo, mas a busca ávida pelo sucesso muitas vezes só leva ao mesmo e velho fracasso.

Lacan dizia que o ideal do eu possui uma função deprimente. Deprimente pois nunca se alcança o ideal. Ele está, por definição, no mundo das ideias, e não no mundo real, no campo do possível. E ao nos compararmos com o ideal (sempre inalcançável) e perceber que não o alcançamos, nos deprimimos.

Daí o efeito de surpresa e humor da frase de Beckett: deixar de lado certo compromisso com o sucesso pode ser libertador, pode levar o sujeito a arriscar mais, apostar, agir. Quanto mais vontade de sucesso, mais medo do fracasso. E quanto mais medo, mais inibição, menos ação.

Sendo assim, fracassemos mais e melhor, cada vez melhor...

Foi muito legal poder falar um pouco das relações entre Arte & Saúde Mental na noite passada, na Biblioteca Municipal. C...
21/05/2025

Foi muito legal poder falar um pouco das relações entre Arte & Saúde Mental na noite passada, na Biblioteca Municipal. Como disse ontem, é bom que a biblioteca não seja um lugar onde habitam apenas livros e silêncio, mas que seja um lugar vivo, onde a palavra circula.

Agradeço à SECULT pelo convite tão gentil e a todo mundo que compareceu. Foi uma noite de bons encontros. Que venham outras.

Convido a todos e todas a participarem desse bate-papo que irei conduzir nessa terça-feira, 20/05, a partir das 19:00. V...
19/05/2025

Convido a todos e todas a participarem desse bate-papo que irei conduzir nessa terça-feira, 20/05, a partir das 19:00. Vai ser na Biblioteca Municipal de Lagoa da Prata.

Pretendo tratar de algumas das inúmeras intersecções que há entre Arte & Saúde Mental: o interesse de artistas e movimentos pelo universo da loucura (surrealismo, geração Beat, contracultura, etc.) e, no sentido oposto, o interesse de psicólogos, psiquiatras e psicanalistas pelo campo da arte, tanto como modo de conhecer melhor a experiência humana quanto como recurso terapêutico.

Vai ser legal. Venham.

Roberto Carlos lançou a canção “O Divã” em 1972.Já no título ele faz menção à peça de mobília que veio a se tornar o sím...
12/05/2025

Roberto Carlos lançou a canção “O Divã” em 1972.

Já no título ele faz menção à peça de mobília que veio a se tornar o símbolo da Psicanálise.

Quem não conhece e se interessar por ouvir a canção irá perceber que a letra é, basicamente a descrição de uma seria de memórias, recordações que “matam”.

Freud fazia uso do divã nos primórdios da Psicanálise com a intenção de favorecer o transe hipnótico, com o paciente na posição deitada. Depois de abandonar a hipnose, manteve ainda assim o divã, que por uma série se razões demonstrou favorecer a livre associação de ideias dos pacientes.

Ainda que o divã não valha para todos os pacientes e alguns prefiram o tradicional face a face com o terapeuta, ele se mostra um recurso interessante para dar voz às “confusões da nossa mente” e às “recordações que nos matam”.

BREVE COMENTÁRIO SOBRE SAÚDE MENTAL & TRABALHO (por ocasião do dia 1º de maio).
30/04/2025

BREVE COMENTÁRIO SOBRE SAÚDE MENTAL & TRABALHO (por ocasião do dia 1º de maio).

O tempo, na palavra poética de Caetano Veloso, é “compositor de destinos”, “tambor de todos os ritmos”. Interessante pen...
16/04/2025

O tempo, na palavra poética de Caetano Veloso, é “compositor de destinos”, “tambor de todos os ritmos”. Interessante pensar no tempo a partir dessas metáforas, já que se trata de algo muito difícil de se definir... algo que por vezes é tão abstrato, por vezes é radicalmente concreto (basta pensarmos no envelhecimento ou na morte, por exemplo).

Talvez a malandragem que podemos desenvolver em relação ao tempo é, de alguma forma, conseguir dançar de acordo com o seu ritmo, entrar em sintonia. O ritmo da vida na infância é um, na juventude é outro, na vida adulta é outro, na velhice é outro... O ritmo da vida no trabalho é um, no descanso é outro... etc. e etc.

Ao falar disso, me recordo de 2 filmes que assisti recentemente e mostram 2 tipos diferentes de relação com o tempo: em “A Substância”, estrelado por Demi Moore, vemos a protagonista Elisabeth Sparkle estabelecer com o tempo uma relação desarmônica, forçada, uma enorme dificuldade de lidar com as mudanças produzidas pelo envelhecimento (o passar do tempo) em seu corpo, sua imagem e seu modo de vida. Não por acaso seu sobrenome é “Sparkle”, que pode ser traduzido como centelha, fagulha, chama fugaz. Sparkle sofre por sentir o brilho de sua centelha se apagar com o tempo, como se alimentasse a expectativa de ser eternamente jovem. Dessa desarmonia entre ela e o tempo decorre um intenso sofrimento e tentativas absolutamente malucas de amenizar esse sofrimento a partir do discurso da ciência. Quem pôde assistir ao filme sabe do que estou falando...

Já em “Dias Perfeitos”, do diretor Wim Wenders, podemos observar uma outra relação com o tempo, pautada pela serenidade, pelo contentamento. Aqui, vemos o protagonista Hirayama despertar mansamente todos os dias com o som de um vizinho varrendo as folhas da rua, ouvir feliz suas canções no carro a caminho do trabalho, apreciar seu tempo de descanso fazendo um lanche na praça, fotografando as árvores. Tudo isso com a calma de quem sabe dançar ao ritmo do tempo, como Caetano cantou (e ainda canta)...

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