Psi Maria Bruna Mota

Psi Maria Bruna Mota Por aqui coisas da vida: poesia, amor e psicanálise. Atendimento clínico online. Atendimentos Online.

MARIA BRUNA MOTA Pereira é Bacharel em Psicologia e Pós-Graduada em Psicanálise: Clínica com Crianças e Adolescentes pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Inscrita no Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais sob o registro 04/45107. Psicóloga e psicanalista, está em constante formação e aprimoramento, por meio de cursos, congressos e estudos. Na clínica psicológica

oferece os seguintes serviços:

- análise
- psicoterapia psicanalítica para crianças, adolescentes e adultos
- orientação profissional
- orientação de pais
- supervisão clínica para psicólogos e psicanalistas. Também ministra cursos e palestras, as quais envolvem temáticas como relacionamentos interpessoais/amorosos, motivação, autoestima e fenômenos psicossociais.

Eu não sou a primeira a falar disso e provavelmente não peguei o auge do assunto da moda. Mas mesmo assim resolvi escrev...
28/07/2025

Eu não sou a primeira a falar disso e provavelmente não peguei o auge do assunto da moda. Mas mesmo assim resolvi escrever alguma coisa.

Me deu vontade.
Um domingo, depois das 23h.
Nem sei se alguém irá ler ou quantas pessoas esta postagem vai alcançar.
Mas vou sustentar minha vontade de escrever mesmo assim.

Talvez eu esteja inspirada depois da noite de arte, ou só precise despejar para fora um pouco de estímulo.

Antes do morango ser do amor, já era amor em minha vida. Sempre foi minha fruta preferida, desde a infância - que o dicionário na realidade nomeia como infrutescência carnosa, já que não é um fruto verdadeiro.
Essa informação também marcou minha infância, nunca mais esqueci.

O morango também deixou seus afetos, com direito a um pezinho no jardim da minha tia, que minha avó paterna cuidava para mim.
Aquele morango com certeza era do amor, pois me nutria não só com seu sabor único, livre de agrotóxicos, mas de muito cuidado também.

E agora, já deitada na cama, fico pensando no que esse morango do amor dos dias de hoje convoca em cada um.
Em qual lembrança toca. Que dor alcança.

O que o faz se tornar um objeto de desejo de tantos? E ainda assim significar um morango diferente para cada um?

Porque desejo é isso: singular.

E isso ainda me faz pensar na impossibilidade da pulsão se satisfazer, de sempre variar quanto ao objeto.

Hoje, morango do amor. Amanhã pode ser a uva, o maracujá, o abacate. Vai saber...

Toda trend, toda moda, todo assunto do momento é como a pulsão: dura apenas o suficiente para mostrar que nada é capaz de satisfazer totalmente a nossa busca.
Não há objeto que caiba no tamanho da falta que nos constitui.

O que dá para fazer é borda, fazer o possível com aquilo que há agora.

Porque logo já teremos que nos reinventar.

Provavelmente vou querer experimentar o tal morango, mesmo sabendo que não será mais o meu morango do amor🍓, aquele do jardim da minha infância.

Mas esse é o possível para hoje. E que bom que ele pode me despertar essa lembrança.

E hoje em dia, cada vez menos as pessoas estão dispostas a escutar o diferente.
27/07/2025

E hoje em dia, cada vez menos as pessoas estão dispostas a escutar o diferente.

E então que, posturas exageradas, aquela coisa de ser "certinho de mais", pode ser só a ponta de algo muito maior.Isso v...
25/07/2025

E então que, posturas exageradas, aquela coisa de ser "certinho de mais", pode ser só a ponta de algo muito maior.

Isso vale para leis, para religiões, e por aí vai...

Fonte:

Cada um se encontra com a psicanálise de forma distinta.Quando digo que a psicanálise não é uma profissão, muitas pessoa...
20/07/2025

Cada um se encontra com a psicanálise de forma distinta.

Quando digo que a psicanálise não é uma profissão, muitas pessoas estranham a afirmação. E é complicado de entender mesmo. Porque apesar disso, quem trabalha com a psicanálise tem suas obrigações econômicas - e eu também falo disso.

Mas quando digo que a psicanálise não é profissão, refiro-me à dimensão ética dessa práxis, de que o analista nasce do encontro com seu inconsciente. E isso, nenhum curso ou diploma garante.

É preciso lembrar disso em tempos que vez ou outra esbarramos com promessas que dizem o contrário, que qualquer um pode fazer um curso rápido e fazer transição profissional para se tornar um psicanalista.

Nem sempre o primeiro contato de quem exerce a psicanálise será na sua análise pessoal, pode até ser com essas promessas. Acontece.
Mas independente de como se dá o primeiro contato, a passagem de analisante à analista só acontece de fato no divã.

E é dessa forma que quem se autoriza à essa função consegue administrar as ambivalências que constituem o sujeito dividido.

Não falo de assumir posições incoerentes ao exercício da psicanálise, mas de saber caminhar entre as várias facetas que compõem cada um de nós.
Pois engana-se quem acredita que há formas únicas de ser sujeito ou de fazer psicanálise.

Certamente o que coloco aqui é difícil pra caramba de vivenciar na prática. Mas nunca disse que seria fácil.
Contudo, sempre digo que é POSSÍVEL.

É por isso que o tripé é indispensável e que a análise pessoal é a grande formadora do psicanalista.

E é só por meio dela que conseguimos fazer as passagens necessárias que irão nos permitir operar as diferenças que nos habitam - inclusive sustentar o fazer profissional do sujeito em consonância com o lugar de função do analista.

P.S.: lá no story eu mostro algo nesse sentido que aconteceu comigo.
Corre lá para ver.

Frase que me marcou em um momento de estudo recente com os pares.
16/07/2025

Frase que me marcou em um momento de estudo recente com os pares.

Quando Freud se deparou com as neuroses de guerra, estas o fizeram repensar o modo como ele organizava sua teoria do apa...
14/07/2025

Quando Freud se deparou com as neuroses de guerra, estas o fizeram repensar o modo como ele organizava sua teoria do aparelho psíquico.

Até então, Freud compreendia que o princípio do prazer orquestrava os movimentos psíquicos do sujeito, mas ao escutar dos veteranos de guerra sonhos tão angustiantes e traumáticos, ele não podia mais acreditar que só o prazer movia o sujeito.

É então que em 1920 ele escreve o clássico trabalho “Além do Princípio de Prazer”, trazendo à tona a ideia de pulsão de morte e compulsão à repetição.

A pulsão de morte é responsável por levar o sujeito para um estado anterior, um estado de não vida, e ela faz isso por meio da compulsão à repetição.

É por isso que chegam pessoas no consultório dizendo para a gente que “não sei porque continuo fazendo isso.”

Isso não significa que não há responsabilidade em jogo, pelo contrário. O sujeito é responsável até por aquilo que ele não sabe de onde vem.

Para que o analisante interrompa o circuito pulsional da repetição é preciso que nossa escuta esteja atenta e também paciente, pois antes disso ele provavelmente vai repetir bastante.
E depois que elaborar um ponto, outras repetições podem aparecer. Porque a pulsão, inclusive de morte, não cessa de buscar satisfação.

Eis que a análise é um trabalho que convoca ambos os envolvidos, analisante e analista, à insistência, de modo a combater tudo aquilo que seja resistência ao desejo.

E se for seu desejo, te convido a deixar um ❤ neste post.

É sua responsabilidade e, apenas sua, fazer algo com o que fizeram de você.O desejo é fundado a partir do Outro, mas ele...
13/07/2025

É sua responsabilidade e, apenas sua, fazer algo com o que fizeram de você.

O desejo é fundado a partir do Outro, mas ele não pode ser terceirizado.

E não se trata de criar soluções perfeitas e, sim, sustentar o que possível.

E isso já é muito.

Fazer trend só para angariar engajamento não é algo que deveria fazer sentido.Por isso eu escolho com reflexão aquelas e...
12/07/2025

Fazer trend só para angariar engajamento não é algo que deveria fazer sentido.

Por isso eu escolho com reflexão aquelas em que quero entrar.

Já me disseram que eu pareço ser certinha - o que tem lá seu lugar de sintoma rsrs.
E que eu gosto de bichos também não deve ser novidade.

Mas ontem me deparei com essa foto antiga, de uma viagem para o Chile de uns anos atrás. E tem uma verdade por trás dela.

Mesmo que no meu trabalho, e de um modo geral, eu busque ser coerente, eloquente e fazer o que é o correto, como sujeito eu sou muito espontânea - o que obviamente não é necessariamente um erro.

Eu sou aquela que canta nos parabéns de desconhecidos no restaurante, que faria um flash mob tranquilamente, que não tem medo de falar ou dançar em público, que mexe com todo cachorro de rua - inclusive os "perros" das montanhas chilenas.

Essa espontaneidade que faz ambivalência com meu aspecto mais polido é algo que me movimenta, inclusive na clínica. Com ela me permito construir saídas inventivas, seja escutando ou sendo eu mesma fora da posição de analista.

Por isso, se esbarrar comigo na rua com roupa de couro em cima de uma moto, com maquiagem extravagante para uma coreografia ou fazendo carinho em todos os cães que passarem, tenha certeza que é a mesma Maria Bruna que você vê por aqui.

Que eu gosto de gatos você já deve saber. Mas você sabia que eu também adoro cachorros?

A única regra da psicanálise é a associação livre.Mas é a associação do analisante.Essa é uma práxis que só pode ser exe...
11/07/2025

A única regra da psicanálise é a associação livre.
Mas é a associação do analisante.

Essa é uma práxis que só pode ser exercida por quem suporta o lugar da escuta, a posição de resto.

Apesar dessa frase ser atribuída a Lacan (mencioná-lo na imagem foi provocativo), não me recordo de ler isso, exatamente...
09/07/2025

Apesar dessa frase ser atribuída a Lacan (mencioná-lo na imagem foi provocativo), não me recordo de ler isso, exatamente nestas palavras, em algum texto dele.

Contudo, podemos considerá-la como uma paráfrase interpretativa de sua teoria.

A partir da teoria lacaniana, aprendemos que o inconsciente é estruturado como linguagem; ao falar, o paciente diz muito mais do que se dá conta.
E o analisante poderá se angustiar ao se dar conta desse saber não sabido.

Uma vez que a palavra é dita, não há volta. O sujeito precisa se responsabilizar por isso. Mas, como observamos na clínica, se responsabilizar costuma ser angustiante.

E para Lacan, a angústia surge quando o sujeito cede do seu desejo. Portanto, mesmo que seja difícil sustentar o desejo, ele é o único remédio para a angústia.

É preciso permitir que o analisante se escute e se responsabilize pelo que se escuta dizendo e, assim, ter condições de sustentar o desejo.

Endereço

Lagoa Da Prata, MG

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