
21/05/2025
Crescemos carregando a história de pessoas que tiveram seus traumas passados adiante, muitas vezes, passados por não terem espaço e nem recursos para se curar. Somos filhos de pessoas que provavelmente não podiam se expressar ou cuidar de si mesmas, que sentiam medos e dores de outras gerações que estavam ainda mais distantes do autocuidado. Fomos criados por um modelo que privilegia a força a custa da vulnerabilidade. Fomos criados para construir o que nossos cuidadores não conseguiram.
Esta reflexão não é sobre tirar a responsabilidade de quem nos criou, pelo que nos causaram e nem pra desvalorizar o que de bom foi feito, mas sim um convite para lembrarmos que somos a geração do autocuidado que tem os recursos e o conhecimento para transformar essa narrativa, reconhecer os valores e dar um passo importante na busca por uma vida mais significativa e, principalmente, a estarmos abertos para entendermos a nossa história.
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