01/05/2023
Elizabeth Maria Kastrup Silva, de 54 anos, precisou ser submetida a uma cirurgia pioneira no Brasil. Ela passou por um transplante de fígado como parte do tratamento de um tipo raro de câncer, conhecido como colangiocarcinoma intra-hepático, que afeta os ductos biliares.
Elizabeth descobriu que estava com o tumor em junho de 2022, quando o tumor já havia invadido vasos sanguíneos importantes, tornando muito arriscada a remoção parcial do órgão. Além disso, ela tinha uma cirrose causada pela Hepatite C.
Um dos desafios no caso dela é que a legislação não permite que pessoas com colangiocarcinoma entrem na fila para receber a doação de um fígado "inteiro" (de doador falecido). A solução, então, seria um transplante com o doador vivo. Nesse caso, Júlia, a filha mais velha de 26 anos se ofereceu para doar 65% do fígado para a mãe.
Essa opção de tratamento para o colangiocarcinoma intra-hepático é considerada recente no mundo todo e, até então, nunca havia sido feita no Brasil. Trouxemos a técnica dos Estados Unidos, mais especif**amente da Universidade do Texas. Pesquisadores da universidade e do Houston Methodist J.C. Walter Jr. Transplant Center conduziram um estudo com pacientes com o colangiocarcinoma intra-hepático.
A cirurgia foi bastante complexa, já que foi preciso remover a veia cava, um dos principais vasos sanguíneos do corpo e que passa por trás do fígado, e substituí-la por uma prótese. "Com isso, implantamos parte do fígado da filha diretamente na prótese, o que é um procedimento de altíssima complexidade" – Dr. Eduardo Fernandes.
Durante o procedimento, foi constatado que o tumor de Elizabeth estava 70% necrosado. "Consideramos o transplante um sucesso e a expectativa é que a operação traga uma perspectiva de vida mais longa para a paciente, com ganho de sobrevida global" – Dr. Eduardo Fernandes
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https://dreduardofernandes.com/ela-recebeu-65-do-figado-da-filha/