Gabriela Susin

Gabriela Susin 🧠 Saúde Mental na Vida Real
💬 Terapia Cognitivo-Comportamental
📚 Psicoterapia para adultos
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Nem sempre o esgotamento aparece como algo explícito. Às vezes, ele se disfarça de mau humor, de cansaço que não passa, ...
25/07/2025

Nem sempre o esgotamento aparece como algo explícito. Às vezes, ele se disfarça de mau humor, de cansaço que não passa, de uma vontade de se isolar do mundo.

Esse tipo de exaustão costuma ser um acúmulo: dias sem pausa, demandas que se impõem sobre as próprias necessidades, e uma desconexão crescente entre o que se sente e o que se vive.

Observar os sinais e reconhecer que há um limite sendo ultrapassado pode ser o primeiro passo para retomar o contato com o que importa: seu bem-estar psíquico e físico. E a psicoterapia oferece um espaço qualificado para esse processo acontecer.

Você sente que está sempre vivendo em função do que ainda precisa acontecer?Vivemos pressionados por um ideal de constan...
23/07/2025

Você sente que está sempre vivendo em função do que ainda precisa acontecer?

Vivemos pressionados por um ideal de constante atualização. O presente não é mais um lugar habitável, mas um intervalo entre quem somos e quem deveríamos nos tornar.

Como observa Contardo Calligaris, trocamos o eixo da experiência: em vez de encontrar sentido naquilo que vivemos, passamos a buscá-lo no que ainda não aconteceu. A vida se torna um projeto a ser cumprido, e não uma realidade a ser vivida.

Essa orientação ao futuro, tão valorizada na cultura da performance, frequentemente produz um estado de esgotamento subjetivo. A promessa de que tudo fará sentido “lá na frente” adia o enfrentamento do que não está funcionando agora. E o sofrimento presente é silenciado em nome de uma suposta melhora futura que nunca chega.

Na clínica, isso se manifesta como uma desconexão crônica do paciente com a própria história, com os afetos que o constituem e com os limites da experiência humana. O desafio não é apenas pensar no futuro, mas sustentar o presente com os recursos que se têm, reconhecendo que a elaboração do passado e a presença no agora são parte essencial de qualquer mudança possível.

Existe uma diferença muito grande entre desconforto e violência emocional. E essa diferenciação, embora pareça óbvia na ...
17/07/2025

Existe uma diferença muito grande entre desconforto e violência emocional. E essa diferenciação, embora pareça óbvia na teoria, nem sempre é clara na prática.

O desconforto faz parte da experiência de se vincular. Conviver com o outro é, inevitavelmente, se deparar com frustrações, desalinhamentos, diferenças de ritmo, de valores, de linguagem afetiva e de expectativas. Isso não significa que a relação está quebrada, nem que você escolheu a pessoa errada.

O que diferencia uma relação saudável de uma relação disfuncional não é a ausência de desconforto. É a capacidade que as pessoas desenvolvem de sustentar esse desconforto sem transformar isso em violência, em desqualificação, em silenciamento ou em afastamento afetivo.

Relações seguras são aquelas onde é possível conversar, ajustar, negociar e, acima de tudo, compreender que não existe nenhum cenário onde amar alguém significa estar confortável o tempo todo.

A autossabotagem nas relações não é um defeito de personalidade, nem uma escolha consciente. Ela surge como uma resposta...
15/07/2025

A autossabotagem nas relações não é um defeito de personalidade, nem uma escolha consciente. Ela surge como uma resposta emocional construída ao longo da vida, especialmente em contextos onde se vincular foi, em algum momento, uma experiência de dor, frustração, abandono ou instabilidade.

Quando o afeto está associado, na história emocional, a riscos como rejeição, crítica, desvalorização ou violência, o sistema aprende a se proteger. E essa proteção, muitas vezes, se manifesta justamente como uma dificuldade de confiar, se entregar ou permanecer nas relações.

O problema é que, na tentativa de não sofrer, esse padrão reproduz exatamente aquilo que se tentava evitar. A distância que você cria para não ser ferida é a mesma que impede a construção de vínculos seguros, consistentes e afetivamente nutritivos.

Romper esse ciclo exige, antes de tudo, entender que a dificuldade não está na sua capacidade de se relacionar, nem na ideia de que você é uma pessoa difícil, complicada ou problemática. Está nas feridas emocionais que te ensinaram que se aproximar do outro representa um risco.

E não há como transformar isso sem olhar para essa história, sem elaborar essas experiências e, sobretudo, sem reconhecer que o que hoje aparece como defesa já foi, um dia, o único caminho possível para sobreviver emocionalmente.

Por mais que se fale sobre autocuidado, na prática, estabelecer limites ainda gera desconforto, culpa e insegurança para...
27/06/2025

Por mais que se fale sobre autocuidado, na prática, estabelecer limites ainda gera desconforto, culpa e insegurança para muita gente. E isso não acontece por acaso.

Limite não é só uma questão de comunicação. É, sobretudo, um movimento emocional que envolve sustentar a possibilidade de não ser aceita, de gerar frustração no outro e de se priorizar mesmo quando isso não agrada quem está ao redor.

O que muitas pessoas chamam de dificuldade de se posicionar, na verdade, quase sempre tem raízes em histórias onde o amor estava condicionado à obediência, à disponibilidade irrestrita ou à anulação das próprias necessidades.

Por isso, aprender a colocar limites não é um ato isolado. É um processo de reconstrução interna, onde você começa, pouco a pouco, a entender que sua saúde mental não deveria
ser o preço a ser pago para sustentar nenhum tipo de vínculo.

Ninguém nasce com a necessidade de agradar. Esse comportamento é aprendido, quase sempre, em contextos onde a aceitação ...
20/06/2025

Ninguém nasce com a necessidade de agradar. Esse comportamento é aprendido, quase sempre, em contextos onde a aceitação estava condicionada a ser fácil, acessível,
disponível e agradável o tempo todo.
Quando ser aceita depende de não gerar desconforto, não decepcionar e não frustrar, dizer sim se torna automático. E, por mais que isso pareça empatia, gentileza ou generosidade, o que está na base desse funcionamento é ansiedade, insegurança e medo de rejeição.
Funciona até que deixa de funcionar. Porque, na prática, não existe estabilidade emocional possível quando a única estratégia de pertencimento exige abrir mão de si mesma o tempo todo.
Sustentar os próprios limites, se proteger emocionalmente e aprender a frustrar os outros, quando necessário, não é falha de caráter. Não é falta de empatia. É, simplesmente, um
movimento de sobrevivência psíquica. A busca por aceitação que exige sua constante anulação nunca foi, e nunca será, um caminho viável para construir vínculos saudáveis.

O excesso de trabalho não deveria ser normalizado como sinal de força, disciplina ou competência. Na maioria das vezes, ...
18/06/2025

O excesso de trabalho não deveria ser normalizado como sinal de força, disciplina ou competência. Na maioria das vezes, ele não é sobre paixão pelo que se faz, mas sobre não saber mais como existir fora da lógica da produtividade.

O que começa como um mecanismo para se sentir útil, válido ou aceito, frequentemente se transforma em uma armadilha emocional. E quando você percebe, está vivendo no limite, acumulando cansaço, irritabilidade, desconexão e uma sensação constante de que, por mais que faça, nunca é o suficiente.

O problema é que esse funcionamento não resolve o que está na origem do desconforto. Apenas posterga. Apenas disfarça. Enquanto isso, sua saúde mental, suas relações e sua própria capacidade de estar presente na vida vão sendo corroídas, pouco a pouco.

Trabalhar sem parar não é solução para nada que seja emocional. E, em algum momento, seu corpo, sua mente e sua vida vão exigir uma reorganização que não cabe na agenda, nem nas listas de tarefas.

Regulação emocional não é “controlar o que sente”.Não é suprimir, disfarçar, minimizar ou racionalizar à força. Também n...
26/05/2025

Regulação emocional não é “controlar o que sente”.
Não é suprimir, disfarçar, minimizar ou racionalizar à força. Também não é transformar raiva em gratidão, tristeza em motivação ou medo em coragem - como se fosse possível alterar estados internos com frases certas e força de vontade.

Regulação emocional é a capacidade de reconhecer o que se sente, sustentar esse estado com o mínimo de reatividade e responder de forma coerente com aquilo que a situação exige. É um processo interno de leitura e negociação, não de censura.

Pessoas reguladas emocionalmente não deixam de sentir, nem são sempre serenas. Elas só aprenderam (geralmente com muito esforço e ajuda especializada) a identificar o que estão sentindo antes de agir. E a sustentar esse intervalo entre impulso e resposta como um espaço de escolha possível.

É por isso que regular emoções exige mais do que autoconsciência. Exige repertório, tempo, maturidade emocional e, muitas vezes, um processo terapêutico que ajude a construir essa estrutura. Porque não se trata de ficar bem o tempo todo, mas de não ser sequestrado por cada oscilação interna como se ela fosse absoluta e incontornável.

Autenticidade não é agir sempre com base no que se sente. Autenticidade é conseguir reconhecer o que se sente sem perder a capacidade de decidir o que fazer com isso.

O puerpério é um momento de múltiplas adaptações para a mulher, que envolvem mudanças hormonais, no padrão do sono, na r...
22/05/2025

O puerpério é um momento de múltiplas adaptações para a mulher, que envolvem mudanças hormonais, no padrão do sono, na rotina diária e no funcionamento emocional. Essas transformações impactam diretamente na forma como ela se relaciona consigo mesma e com o bebê.

Nem sempre essas alterações são lineares ou fáceis de reconhecer, e a sobrecarga pode se acumular silenciosamente. Quando os sintomas persistem ou se intensificam, afetando o bem-estar ou a capacidade de cuidar, é fundamental buscar avaliação especializada.

A depressão pós-parto, embora comum, não deve ser ignorada ou minimizada. O acompanhamento terapêutico adequado pode oferecer as condições necessárias para que a mulher compreenda essas mudanças, cuide da própria saúde mental e desenvolva estratégias de enfrentamento mais efetivas.

Reconhecer a complexidade do puerpério e a necessidade de suporte é um passo essencial para a saúde da mãe e do bebê.

Quando o dia é tomado por demandas, cobranças e expectativas — muitas vezes silenciosas — o espaço para o próprio cuidad...
06/05/2025

Quando o dia é tomado por demandas, cobranças e expectativas — muitas vezes silenciosas — o espaço para o próprio cuidado vai se dissolvendo sem alarde. Não porque você decidiu se abandonar, mas porque manter tudo funcionando parece mais urgente do que parar e perceber como você está.

Só que esse funcionamento constante tem um custo. E, quase sempre, ele aparece nos detalhes: cansaço que não passa, irritabilidade sem motivo claro, sensação de estar distante de si mesma, decisões tomadas no modo automático. Às vezes, nem é possível nomear o que está errado — só existe uma sensação difusa de esgotamento e falta de sentido.

Cuidar de si não é se afastar da vida, mas se aproximar dela com mais consciência.
Não exige grandes gestos, nem um manual de autocuidado idealizado. Exige disponibilidade interna para reconhecer que alguma coisa precisa mudar — mesmo que você ainda não saiba exatamente o quê.

Se você sente que perdeu o acesso a esse espaço de escuta e reflexão, a terapia pode ser o lugar para reconstruí-lo.
Não como mais uma tarefa, mas como um ponto de apoio. Um espaço para reorganizar o que ficou soterrado pelo ritmo, pelas urgências, pelas exigências externas — e retomar, com mais clareza, o que é seu.

Minha preocupação em relação a essa pauta é sobre as mulheres que sequer se dão conta que estão sobrecarregadas, como se...
16/04/2025

Minha preocupação em relação a essa pauta é sobre as mulheres que sequer se dão conta que estão sobrecarregadas, como se o “normal” fosse esse mesmo. Não é saudável dar conta de tudo ao mesmo tempo e sem ajuda.

Se você tem se sentido sobrecarregada, culpada por não dar conta de tantas demandas e ainda não se permite pedir ajuda, saiba que você não é a única. Na verdade, o que eu tenho para dizer e que parece contraditório é que o “ser forte” é justo poder pedir ajuda.

Poder se autorizar a descansar e receber apoio é o que deveria acontecer nestes momentos. Sua força não está na exaustão, mas na coragem de reconhecer suas próprias necessidades.

É saudável e necessário ter cuidado e ter suporte.

Me conta aqui: você se reconhece neste texto? Se sim, o que você tem feito para lidar com isso?

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