11/07/2021
“Bebês precisam nascer entre uma grande diversidade de micróbios familiares"
Talvez você já tenha ouvido falar sobre o termo “Modulação intestinal” ou mesmo já tenha lido algo sobre como a microbiota intestinal (sim, os bichos que moram no nosso intestino – e eles são muitos, tá!) pode ajudar ou prejudicar nossa saúde.
Esses queridos bichinhos estão envolvidos em diversos processos, desde a absorção de nutrientes, na resposta imunológica e até mesmo – pasmem - em questões metabólicas (sim eles nos ajudam a emagrecer!).
Há evidências de que as relações entre dieta, inflamação, resistência à insulina e risco cardiometabólico são em parte mediadas pela composição de bactérias intestinais.¹
Mas você deve estar se perguntando: “-Tá bem, entendi, mas o que isso tem a ver com o parto?”
E eu prontamente respondo:
-TUDO!!!!!
A colonização do nosso intestino começa quando ainda estamos no ventre da nossa mãe e, é no momento do nascimento que isso se consolida. Hoje sabemos que a colonização intestinal de bebês que nascem por via vaginal é diferente dos que nascem por cesárea.
Estudos sugerem que microbiota de bebês nascidos de parto normal seja alta em Lactobacillus, Prevotella ou Sneathia, pois são bactérias comuns ao canal vaginal. Essas bactérias são consideradas “protetoras”. Já nos bebês que nascem por cesárea, as bactérias mais comumente encontradas são as da pele e mesmo do ambiente hospitalar como Staphylococcus, Corynebacterium e Propionibacterium.²
Assim, entende-se que o parto normal impacta positivamente na composição da microbiota do bebê, enquanto na cesárea pode levar à formação de uma microbiota desfavorável.
Você deve estar se perguntando agora: “-Mas, então bebês que precisam nascer de cesárea estão fadados à obesidade e às outras diversas doenças citadas acima? ”
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