
31/08/2025
A chamada “psicose de IA” já preocupa especialistas em saúde mental e tecnologia.
O fenômeno descreve casos em que usuários, após interações intensas com chatbots, desenvolvem delírios, mania ou paranoia, passando a acreditar que a IA tem consciência, intenções ou até poderes especiais.
Do ponto de vista analítico-comportamental, esse processo pode ser entendido como resultado da atribuição de funções sociais a respostas artificiais que funcionam como reforçadores sociais generalizados. O problema se agrava quando o contato com contingências reais é reduzido, aumentando a probabilidade de comportamentos governados por regras rígidas e pouco sensíveis ao ambiente natural.
Casos graves já foram registrados, incluindo hospitalizações e até mortes. A preocupação é legítima: esse é um fenômeno que pode aparecer no relato clínico de nossos clientes e precisa ser discriminado pelo terapeuta como risco para a saúde mental.
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Referências:
UOL Tilt. (23 ago. 2025). “Psicose de IA”: por que CEO da Microsoft vê risco urgente nos chatbots.
Skinner, B. F. (1953). Ciência e comportamento humano.
Hayes, S. C., Barnes-Holmes, D., & Roche, B. (2001). Relational Frame Theory: A Post-Skinnerian Account of Human Language and Cognition.