A Osteopatia é um sistema estabelecido e reconhecido de diagnóstico e tratamento, que tem como ênfase principal, a integridade estrutural e funcional do corpo. É distinta no fato que reconhece que a maior parte da dor e incapacidade que sentimos, advém de disfunções da estrutura corporal, assim como, lesões provocadas pela doença. está reciprocamente inter-relacionada com a função (funções dos vár
ios sistemas do corpo humano). O sistema neuro-músculo-esquelético é regulador de todos os outros sistemas. Disfunções dos componentes somáticos podem não ser só uma manifestação de doença, mas um fator que contribui para a própria doença.
2- O organismo tem a capacidade de se auto-regular e curar, uma vez eliminados os obstáculos que promovem a doença.
3- O sangue transporta todos os nutrientes necessários ao funcionamento saudável dos tecidos. Uma boa circulação vascular é essencial para o bom funcionamento do organismo.
4- O corpo é uma unidade em movimento. O fluxo nervoso, vascular, linfático, nervoso é crucial para a manutenção da saúde. Esta Terapêutica usa o aparelho músculo-esquelético para “manipular” os vários tecidos (ósseo, conjuntivo, neural, etc.) com o objetivo de criar integridade, liberdade e coordenação de movimento, aumentando o fluxo sanguíneo, a drenagem de toxinas e o reequilíbrio de regulação dos tecidos via sistema nervoso. O Osteopata possui conhecimentos profundos em várias áreas das ciências médicas, para poder fazer um diagnóstico diferencial e proteger o paciente no caso de patologia conta-indicada. Da consulta deve-se esperar que o Osteopata faça uma história clínica cuidadosa e um exame clínico exaustivo.
É uma Terapêutica puramente manual, não invasiva (não há cirurgia), sem prescrição de fármacos.*
Conselhos sobre exercícios, nutrição e postura são normalmente abordados com o paciente. A Osteopatia assenta e nasce nas fundações da Medicina. Os profundos conhecimentos de anatomia, semiologia, fisiologia e patologia são os mesmos. A grande diferença está na interpretação holística das alterações músculo-esqueléticas como possíveis fatores desencadeantes de disfunção ou patologia.
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A Osteopatia foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still por alturas da guerra civil americana nos finais do séc. Foi por esta altura que uma epidemia de meningite ceifou a vida dos seus filhos, levando o médico a questionar a eficácia da medicina alopática. Enquanto académico estudioso da biomecânica, anatomia e fisiologia humana, desenvolveu uma uma nova prática clínica alternativa à convencional. Chamou-lhe “Osteopathy”.
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Foi através da observação e investigação que fez uma importante correlação entre a patologia e a sua manifestação física. Estava descrito então um dos princípios básicos da Osteopatia: A estrutura ( ossos, músculos, órgãos, etc.) está reciprocamente inter -relacionada com a função (funções dos vários sistemas do corpo humano).
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Esta Terapêutica usa o aparelho músculo-esquelético para “manipular” os vários tecidos (ósseo, conjuntivo, neural, etc.) com o objetivo de criar integridade, liberdade e coordenação de movimento, aumentando o fluxo sanguíneo, a drenagem de toxinas e o reequilíbrio de regulação dos tecidos via sistema nervoso.
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Outro dos grandes princípios da Osteopatia é a visão holística do paciente. Factores de agressão externos ou internos (stress, traumas emocionais, postura ou patologias) afectam as estruturas de suporte do corpo, o que mais tarde ou mais cedo se manifesta como dor e disfunção, levando à diminuição de aporte sanguíneo e nervoso, bem como a um padrão saúde/doença que afecta o funcionamento diário do indivíduo. A função do Osteopata é pois a de identificar a disfunção (a causa da sintomatologia) e provocar o processo de cura do paciente.
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A Disfunção Osteopática é definida como uma alteração da função dos componentes do soma: estruturas ósseas, articulares e miofasciais e os respectivos elementos vasculares, linfáticos e neurológicos. Na presença de disfunção existe uma potencial relação com a patologia clínica ou subclínica, isto é, a disfunção Osteopática pode provocar distúrbios na função do sistema nervoso simpático, no fluxo sanguíneo, linfático, na actividade glandular, músculo- esquelética, da mesma forma que uma disfunção visceral se pode manifestar como sintoma no aparelho músculo-esquelético, via sistema nervoso e via reflexo víscero-somático.
É legítimo dizer, portanto, que a Osteopatia enquanto terapêutica complementar ou mesmo
alternativa, actua em todos os componentes físicos e emocionais do paciente, ajudando a tratar um vasto leque de disfunções que originam entre outras, cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, mialgias, lombociatalgias, entorses, “ombro congelado”, tendinites, cervicobraquialgias, neuralgias, hérnias discais, disfunções respiratórias (asma, sinusite) e viscerais.
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Nos países com legislação e regulação, a Osteopatia é independente e autónoma, sendo a formação académica dada em universidades com cursos de bacharelato ou licenciatura, tem total autonomia para tratar, prescrever exames complementares de diagnóstico e requerer toda a informação clínica do paciente ao médico que o acompanhe, se for esse o caso. São ainda considerados prestadores de cuidados de saúde primários (Primary Health Care Pratitioners).
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Numa prática clínica como esta, o mais importante é a segurança do paciente e por isso mesmo o Osteopata qualificado, tem de ter os conhecimentos necessários para fazer um diagnóstico diferencial e referir o doente para o médico caso suspeite de uma patologia grave. Existem muitas patologias que se podem manifestar com sintomas músculo-esqueléticos. É absolutamente imperativo que o terapeuta tenha a qualificação académica adequada à responsabilidade. Não há lugar para curiosos quando se fala da saúde de pessoas.
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Enquanto terapia complementar, a abordagem Osteopática implica muitas vezes um relacionamento próximo e pro-activo com médicos – frequentemente ortopedistas, neurologistas e médicos de família, no sentido de assegurar ao paciente o melhor nível de prestação de cuidados de saúde.
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A intervenção terapêutica Osteopática aborda grande parte das vezes, áreas como a nutrição, ergonomia ou exercícios específicos.
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Depois de um exame clínico e de um diagnóstico feito, o clínico Osteopata, inicia o respectivo tratamento informando o paciente de tudo o que faz, usando um leque vasto de técnicas que actuam nos tecidos (articulares, muscular, fascial, visceral, neural, vascular e linfático), que varia consoante o diagnóstico e a sintomatologia, promovendo a regeneração celular, a reorganização músculo-esquelética e o reequilíbrio orgânico.
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A 1ª consulta inclui a anamnese (história clínica do paciente), a avaliação clínica (que pode incluir um exame ortopédico, neurológico, cárdio-vascular, etc.), a avaliação Osteopática, análise dos exames complementares, se houverem, o diagnóstico e o 1º tratamento.
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Os tratamentos podem ter a duração de 30 min a 1h30. Esta variação depende do diagnóstico, do estado do paciente e de outros factores subjectivos da variabilidade clínica. Na consulta e respectivo tratamento pode ser pedido ao paciente que fique em roupa interior (para um exame clínico profundo de todo o aparelho músculo-esquelético), o que só acontece com o consentimento do mesmo e salvaguardando sempre o seu bem estar, informando-o de todos os passos.