31/10/2025
🪑 1. Superfície de apoio adequada
• Colchão piramidal (casca de ovo): reduz pontos de pressão.
• Melhor ainda: colchão de pressão alternada (com compressor), usado em pacientes acamados — alterna as áreas de sustentação e evita compressão contínua.
• Evite travesseiros duros ou almofadas normais sob o cóccix — podem aumentar a pressão local.
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🌀 2. Mudança de decúbito frequente
• Trocar posição a cada 2 horas durante o dia e a cada 3–4 horas à noite.
• Alternar entre decúbito dorsal, lateral direito e esquerdo conforme o tipo de fratura permitir.
• Manter posição neutra da pelve (sem inclinar o quadril) para evitar cisalhamento.
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💨 3. Almofadas específicas para cóccix
• Usar almofada ortopédica em formato de “rosquinha” ou “U”, deixando o cóccix “no ar” — especialmente ao sentar para refeições ou higiene.
• O ideal é que o peso recaia sobre as tuberosidades isquiáticas, não sobre o sacro ou cóccix.
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🏋️ 4. Fortalecimento e estímulo circulatório
Mesmo acamado, o paciente deve realizar:
• Exercícios passivos e ativos de MMSS e do membro contralateral (com fisioterapeuta).
• Isométricos de glúteos e abdome (ajuda na estabilidade pélvica).
• Movimentar tornozelos e pés para manter retorno venoso.
Esses movimentos diminuem rigidez, ativam circulação e reduzem a dor miofascial.
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🌡️ 5. Cuidados com a pele
• Inspecionar a região sacrococcígea diariamente.
• Manter pele limpa, seca e hidratada.
• Usar cremes barreira (óxido de zinco, AGE – ácidos graxos essenciais).
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💊 6. Controle da dor
Se houver desconforto mesmo com todas as medidas:
• Analgesia multimodal leve (dipirona, paracetamol, anti-inflamatórios curtos se não houver contraindicação).
• Se a dor for localizada e persistente, pode haver inflamação do cóccix — nesses casos, o bloqueio local ou infiltração guiada por ultrassom pode ser considerado (após o período inicial de imobilização).