
07/06/2025
Relacionamentos saudáveis exigem esforço mútuo, disposição para o diálogo e abertura para mudanças. No entanto, quando uma das partes se recusa a comunicar, ceder ou refletir sobre o próprio comportamento, o vínculo entra em um estado de desequilíbrio emocional que, com o tempo, pode se tornar insustentável.
Essa rigidez pode estar ligada a traços de personalidade, padrões de defesa emocional ou até a traumas não elaborados.
A comunicação é uma das bases fundamentais da saúde relacional. Quando ela é inexistente ou superficial, cria-se um ambiente repleto de frustração, o que gera um ciclo de repetição onde os conflitos não são resolvidos, apenas acumulados.
A negação da necessidade de mudança por parte de um dos/as parceiros/as pode refletir uma profunda resistência à autocrítica. Essa pessoa pode não perceber (ou não querer perceber) o impacto de suas atitudes, projetando a responsabilidade pelos conflitos sempre no outro.
Importante destacar que ninguém muda quem não quer mudar. A mudança genuína exige autorreflexão, consciência de si e um desejo interno de se transformar. Esperar que o outro mude sem que ele veja necessidade disso é um caminho que leva à exaustão emocional e, muitas vezes, à perda da autoestima de quem insiste em manter o vínculo.
Em sessões, é comum ouvir relatos de pessoas que passaram anos tentando “salvar” relacionamentos desequilibrados, acreditando que amor e paciência seriam suficientes. Embora empatia e perseverança sejam importantes, elas NÃO substituem a responsabilidade afetiva e a maturidade emocional que cada um deve trazer para a relação!
Saber reconhecer os próprios limites é um ato de autocuidado. Não se trata de desistir facilmente, mas de compreender que um relacionamento só é possível quando há reciprocidade, disponibilidade emocional e disposição real para crescer junto. Permanecer em uma relação onde só um lado tenta é, muitas vezes, uma forma silenciosa de se abandonar.
E você, tem se escutado ou só tem tentado ser ouvida?
Por @psijoicielly Joicielly Lucia