07/05/2025
Thomas Edison descobriu a energia elétrica, com sua lâmpada incandescente, e se não fosse por ele, talvez hoje não houvesse a moderna iluminação LED. Se não fosse do Karl Benz inventado o primeiro motor combustível, talvez hoje Cristiano Ronaldo não desfrutaria de seu Bugatti La Voiture Noire, considerado o mais moderno automóvel do mundo. Ou se Santos Dumont não fosse curioso o bastante, não teria inventado o 14-Bis, e será que alguém viajaria hoje pelo mundo dentro de um confortável e seguro Airbus-A380?
Enquanto o mundo estava sobre várias descobertas importantes, do lado da ciência também estavam sendo descobertas muitas novidades sobre a mente humana, desde a medicina de Hipócrates na Grécia clássica do século IV a.C com o tratado das Teorias Humorais, passando pela dupla Philippe Pinel e Esquirol que no século XVIII desvendaram uma gama de patologias mentais, até chegar aos avanços tecnológicos e neurocientíficos da atualidade como refrigério às mentes adoecidas.
Mas um divisor de águas realmente aconteceu no fim século XIX através de um homem chamado Sigmund Freud, médico neurologista que se dedicou arduamente aos estudos de fenômenos mentais, e que fez surgir a revolucionária metapsicologia para a ‘terapia das neuroses’ chamada de psicanálise, considerada uma das mais importantes descobertas do século XX. Freud nasceu em 06 de maio de 1856 e estudou a psicanálise até o ano de 1939 quando veio a falecer, deixou um incalculável e descomunal legado científico e intelectual para a humanidade sobre fenômenos mentais e as doenças nervosas.
“A psicanálise foi um verdadeiro divisor de águas no estudo dos fenômenos mentais.”
A psicanálise é tanto um complexo e extenso corpo de teorias que versam sobre o funcionamento da vida mental, como um conjunto de ferramentas técnicas de exploração do inconsciente (o desconhecido em nós), e não depende de aparatos patológicos ou diagnósticos de natureza ontológica ou causal para suceder, como se pauta a psiquiatria e a psicologia por exemplo, o que neste caso torna a psicanálise singular, instrumental e epistemologicamente distinta de outras práticas.
Portanto, fazer análise é uma experiência que nos ajuda crescer mentalmente. É um percurso de transformações, de aprender a lidar melhor consigo mesmo, como pensa, sente e vive as emoções, descobrir novos olhares dos velhos dramas existenciais com mais discernimento, maturidade e lucidez, evoluindo em direção a uma autenticidade de si, sendo o que se é, aliás, algo libertador.
Lucélia Perez | Psicanalista e Terapeuta Emocional