19/05/2020
Os sintomas são estranhos: perda de olfato, do cheiro, mal estar, dores de cabeça, aperto no peito, coração acelerado. Muitos não terão tosse ou febre, mas sim dores musculares e dor de garganta. E para completar, eles podem ser prolongados e arrastados por semanas ou meses.
Ao passar o quadro agudo, sintomas como cabeça pesada, dor de estômago, zumbido, “pinicadas” e comichão, falta de ar, tonturas e artrites nas mãos podem durar meses.
A doença é multissistêmica, pode afetar todos os órgãos, com coágulos, êmbolos, problemas microvasculares em pele, pulmão, sistema nervoso, rins, olhos e cérebro.
Estamos tão focados em não ter um desfecho ruim como a morte, que aqueles que estão sobrevivendo, ou que tem sintomas leves estão padecendo de tais queixas (sequelas) por longo tempo. E apesar de parecer algo “psicológico”, NÃO É.
Grupos de pessoas, que experimentam quadro arrastado, chamado de “long tail form” podem sentir-se ansiosos, amendrotados, pois pouco se tem divulgado isso.
Vários países já estão rastreando e acompanhando doentes por mais de 7 semanas, que diariamente relatam suas manifestações e isso já nos alerta para a necessidade de acompanhar esses casos. Inglaterra tem inclusive aplicativos nos quais as pessoas alimentam diariamente suas queixas e mudanças.
Precisamos valorizar essas queixas e compartilhar estudos para novas decisões e tratamentos.