14/10/2025
Quando falamos em reabilitar um paciente, é importante entender o verdadeiro significado da palavra.
O prefixo “re-” indica “voltar a” ou “fazer de novo”, enquanto “habilitar” significa dotar de habilidades ou capacidades que permitam à pessoa funcionar em seu ambiente.
Mas aqui surge uma pergunta essencial:
Reabilitar a pessoa… para quê?
E aqui está o grande problema.
Muitas vezes, a reabilitação é conduzida a partir das crenças do fisioterapeuta, esquecendo o paciente.
Alguns trabalham com o paciente de tênis e roupa esportiva porque acham adequado.
Outros preferem que o paciente esteja descalço porque acreditam que melhora a propriocepção.
Mas paremos um momento…
E o paciente?
O paciente quer se reabilitar para andar de sandálias?
Para andar descalço?
Ou para algo mais significativo no seu dia a dia?
Antes de criticar abordagens de reabilitação que não seguem a retórica fisioterapêutica popular, pensemos no funcional, no que o paciente realmente precisa e deseja alcançar.
Saiamos da teoria idealista e foquemos no que chamamos de atenção centrada no paciente:
ouvir, compreender e reabilitar para devolver à pessoa o que realmente importa e o que ela precisa para o seu dia a dia.
A reabilitação não é sobre nós; é sobre eles.