
18/07/2024
A alteração da integração sensorial resulta em Transtorno de Processamento Sensorial (TPS), também conhecido como Disfunção de Regulação Sensorial, Disfunção de Integração Sensorial ou Transtorno de Disfunção sensorial.
Nessa condição, o cérebro não processa as entradas sensoriais (ou estímulos) corretamente. Assim, as respostas comportamentais e motoras são inadequadas e afetam o aprendizado, a coordenação, o comportamento geral e a linguagem do paciente.
É importante destacar que esta condição acomete os sentidos básicos, como audição, olfato, paladar, visão e tato. O TPS ainda pode levar ao estresse, ansiedade ou mesmo à depressão
Levantamentos epidemiológicos mostram uma alta prevalência (de 5 a 15%) entre crianças de 3 a 10 anos, com predomínio no s**o masculino
A causa exata deste distúrbio ainda não é conhecida. Entretanto, alguns estudos preliminares sugerem que o TPS pode ter causas genéticas e hereditárias, mas também existem fatores extrínsecos (externos) que podem colocar as crianças em risco, tais como:
- privação materna;
- parto prematuro;
- desnutrição pré-natal;
- consumo de álcool e dr**as durante a gravidez;
- alta exposição a agentes químicos durante a infância;
- pouca estimulação sensorial;
- infecções de ouvido frequentes e repetidas (antes dos 2 anos de idade) também podem aumentar o fator de risco
O Transtorno de Disfunção Sensorial pode vir isolado ou associado a outro transtorno do Neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
O tratamento da criança com Transtorno do Processamento Sensorial é realizado por meio da terapia ocupacional, com um profissional especializado em Integração Sensorial. O papel do Terapeuta Ocupacional é o de gerar um relacionamento com as crianças para desenvolver um ambiente de confiança e diversão, tendo como objetivo melhorar a regulação da excitação, aumentar a participação e estabelecer uma base sólida de aprendizagem - adaptada ao seu sistema nervoso.