01/05/2025
Ao ler “O Restaurador de Rostos”, me peguei pensando no quanto um rosto carrega — identidade, história, expressão, emoção.
No livro, Harold Gillies, pioneiro da cirurgia plástica reconstrutiva facial, com enorme contribuição para a área craniomaxilofacial, especialmente no tratamento de lesões de guerra, descrevia essas lesões como as “piores de todas” — não apenas pelo sofrimento físico, mas pelas repercussões sociais profundas. Para ele, essas eram as “piores lesões”, porque não afetavam só o físico, mas a alma.
“Um homem cuja face foi mutilada perde não só sua aparência, mas sua identidade.”
Essas palavras ressoam com meu trabalho como cirurgiã bucomaxilofacial, onde a reconstrução de um rosto vai muito além da técnica. Ela envolve restaurar a confiança, devolver a dignidade e, muitas vezes, reintegrar alguém a um mundo que julga — e afasta — pelas aparências.
E, hoje, celebro não só a minha profissão, mas todas que trabalham com propósito, com ética e sensibilidade para fazer o mundo um pouco mais inteiro.
Que a gente nunca perca de vista o valor humano do que fazemos. 🤲🏽