
23/09/2022
Há alguns meses atrás uma forte tempestade atingiu minha cidade, o que fez com que muitas árvores caíssem ou perdessem algumas de suas ricas características como folhas, flores, frutos e troncos. Uma dessas árvores estava localizada na esquina de minha casa. Lembro-me de ver um tronco partido ao meio ali durante dias. O que antes era uma árvore, agora havia se transformado em um toco entristecido e aparentemente sem vida. Ignorância a minha. Onde parece existir destruição há sempre a possibilidade de um crescimento.
Hoje se inicia a primavera e nesta mesma semana notei que ali naquilo que julguei um toco sem vida crescia, na verdade, uma orquídea. Me dou conta, então, que meu vizinho pouco a pouco trabalhou nessa árvore por vários meses, observou seus aspectos supostamente empobrecidos e sem vida, ocupou-se deles, os cuidou e sem se preocupar se aquilo voltaria a ser a exata mesma árvore de antes, possibilitou seu florescimento. Hoje, parece-me que em pouco tempo uma bela orquídea florescerá ali.
E não, essa não é uma discussão sobre jardinagem. A semeadura do cuidado com o paciente é essencial para o florescimento mental do sujeito em processo de cura e que esta nova estação seja bastante florida! 🌹
Letícia Mori Pavani
CRP-08/31511
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