
20/01/2025
Recentemente a ideia de que "feito é melhor que perfeito" tem ganhado popularidade.
Embora essa frase possa parecer libertadora à primeira vista, ela pode trazer armadilhas se não for analisada com cuidado.
A ideia de aceitar o "feito" pode ser útil em situações específicas, como superar o medo de começar ou de errar.
No entanto, a repetição deste mantra pode nos levar a aceitar a mediocridade ou a evitar o esforço necessário para o crescimento pessoal.
O perigo está em usá-lo como justificativa para não dar o nosso melhor ou para ignorar o nosso potencial de aprimoramento.
Quando nos esforçamos para sermos a melhor versão de nós mesmos, cultivamos um senso de autoconfiança genuína, que vem da consciência de que fizemos tudo o que podíamos para alcançar nossos objetivos.
Esse esforço não significa perseguir a perfeição irrealista, mas sim encontrar um equilíbrio saudável entre autoaceitação e autodesenvolvimento.
Além disso, a busca por excelência, quando orientada por valores e propósito, pode ser profundamente satisfatória.
Ela nos ajuda a desenvolver resiliência, disciplina e um senso de realização que apenas o esforço verdadeiro pode proporcionar.
Não se trata de fazer mais do que os outros esperam, mas sim de honrar aquilo que sabemos ser nossa melhor contribuição.
Portanto, em vez de simplesmente aceitar "feito é melhor que perfeito", que tal reformularmos?
Algo como "meu melhor possível hoje é sempre o suficiente, e amanhã posso melhorar ainda mais."
Dessa forma, não nos prendemos ao perfeccionismo paralisante, mas também não nos acomodamos com menos do que somos capazes de oferecer.
Afinal, crescer e evoluir são partes essenciais de uma vida plena e significativa.