29/06/2021
Hoje 28/06 é o dia internacional do orgulho LGBT, que marca a luta pelos direitos de ser e amar.
Freud, pai da psicanálise e pioneiro em estudos sobre a sexualidade humana há 86 anos atrás escreveu esta carta a mãe de rapaz homossexual.
Conceito antigo e atual ao mesmo tempo, devemos respeito ao direito do outro ser e amar quem ele quiser!!!
19 de Abril de 1935.
“Minha Querida Senhora”Lendo sua carta, deduzo que seu filho é homossexual. Chamou a minha atenção o fato de a senhora não mencionar este termo na informação que acerca dele me enviou. Poderia lhe perguntar por que razão? Não tenho dúvidas que a homossexualidade não representa uma vantagem no entanto também não existe motivos para se envergonhar dela, já que isso não supõe vício nem degradação alguma.Não pode ser qualif**ada como uma doença, e nós a consideramos com uma variante de função sexual, produto de certa interrupção no desenvolvimento sexual. Muitos homens de grande respeito da antiguidade e atualidade foram homossexuais e dentre eles, alguns dos personagens de maior destaque na história como, Platão, Miguel Ángelo, Leonardo da Vinci, etc.É uma grande injustiça e também uma crueldade perseguir a homossexuais como se estivessem cometido um delito. Caso não acredite na minha palavra, sugiro-lhe a leitura dos livros de Havelock Ellis.Ao me perguntar se eu posso lhe oferecer a minha ajuda, imagino que isso seja uma tentativa de indagar acerca da minha posição em relação a abolição da homossexualidade, visando substituí-la por uma heterossexualidade normal.A minha resposta é que, em termos gerais, nada parecido podemos prometer. Em certos casos conseguimos desenvolver rudimentos das tendências heterossexuais presentes em todo homossexual, embora na maioria dos casos não seja possível. A questão fundamenta-se principalmente na qualidade e idade do sujeito, sem possibilidade de determinar o resultado do tratamento.“A análise pode fazer outra coisa pelo seu filho, se ele estiver experimentando descontentamento por causa de milhares de conflitos e inibição em relação a sua vida social poderá lhe proporcionar tranqüilidade, paz psíquica e plena eficiência, independentemente de continuar sendo homossexual ou de mudar sua condição”.
Sigmund Freud