Clínica de Psicologia Ana Paula Branger

Clínica de Psicologia Ana Paula Branger Saúde mental não é a ausência de doença, mas uma condição de bem estar.

30/06/2025
Membros do  2024! Ano produtivo em que aprendemos muito e seguimos nesta formação permanente, que se torna possível e ri...
28/11/2024

Membros do 2024! Ano produtivo em que aprendemos muito e seguimos nesta formação permanente, que se torna possível e rica entre pares.

Que a Marta não está bem f**a claro, mas, a pergunta principal é como uma pessoa que está "bem" se enredou na ficção del...
06/05/2024

Que a Marta não está bem f**a claro, mas, a pergunta principal é como uma pessoa que está "bem" se enredou na ficção dela?

Não é a primeira vez que o Donny passa por uma relação abusiva, porém, mesmo sem algemas ele está preso a continuar no mesmo círculo destrutivo.

O momento da vida do Donny o leva a estar desacreditado de si, a viver os dias no "automático". Calligaris no livro "O sentido da vida" nos adverte sobre a necessidade de viver estando atento a vida.

Ele está perdido, não sabe se é comediante, roteirista, gay ou coisa alguma. Qualquer um que possa dizer o que ele é, já é um norte, assim ele se torna um roteirista promissor para o roteirista e o bebê rena para a Martha.

Ele se dispõe a ocupar o lugar daquilo que falta na vida de alguém, o objeto "a". Mas qual o custo de ser o objeto que falta a alguém? Será que é possível ocupar este lugar sem ser tragado por ele? Há uma cena em que a Martha relata a desejo de poder f**ar dentro das pessoas. Enfim, serem uma coisa só.

Quando não estamos implicados com a nossa própria existência e recuamos aos custos dos nossos próprios desejos nos vemos alienados ao desejo de Outros, que se colocam como quem possa nos dar algum lugar e sentido e sustentar a nossa existência.

Os ideais que permeiam a amamentação são muitos, o leite materno não é fonte apenas de nutrição física, do que mais uma ...
21/08/2023

Os ideais que permeiam a amamentação são muitos, o leite materno não é fonte apenas de nutrição física, do que mais uma mãe nutre um bebê?

O leite materno é muito importante, mas, é preciso marcar a diferença: ser importante não é ser o único caminho possível de fazer laço com o bebê, muito menos uma garantia deste.

Somos seres de linguagem e não de instintos. Por mais importante que o leite seja a amamentação não é o único meio de se criar vínculo e inserir o sujeito no campo da linguagem. A criação do vínculo mãe-bebê não está perdida mesmo quando a amamentação via o seio não foi possível, a palavra, o tom de voz, o olhar e o toque também fazem laço.

A Barbie sustenta o ideal de beleza e feminilidade de toda uma geração. No filme ela ganha vida, e segue sua rotina de B...
24/07/2023

A Barbie sustenta o ideal de beleza e feminilidade de toda uma geração. No filme ela ganha vida, e segue sua rotina de Barbie Estereotipada.

Há algo de tocante naquele enredo, muitas vezes cômico, há um esforço para colocar em palavras o que é sensível porque não está explícito, assim como o sofrimento de viver uma vida estereotipada não está.

Aqueles que lutam para serem vistos como “padrão”, vidas ideais e sem furos é difícil até colocar em palavras o que é que não vai bem.

O que “garante” a existência de todos os personagens na história é serem vistos e reconhecidos uns pelos outros, eles só existem a partir do olhar do outro. Numa brincadeira de espelho, todos tem os mesmos nomes e pensam do mesmo modo, não precisam se encontrar com nenhum outro que não seja como eles mesmos.

O conflito se desenrola mostrando que algo não vai bem no paraíso, inicialmente parece uma questão de gênero, mas de maneira delicada se chega ao ponto, não é sobre ser homem ou mulher é sobre sustentar uma existência como sujeito.

Viver o que se supõe ser o que o outro deseja, não é viver. Estar constantemente enredado na trama do que dirão, pensarão e acharam sobre si é uma saída neurótica para não precisar pagar o preço pelo próprio desejo.

Nascer não nos garante o status de sujeito. Para se tornar sujeito é preciso sustentar a própria existência, usar das próprias palavras para dar um sentido único ao discurso que recebemos dos Outros que nos formaram.

Até mesmo A Barbie, com o “A” maiúsculo de artigo definido não existe, foi ali quando ela pode morrer como ideal para os outros que ela passou a existir.

A Barbie sustenta o ideal de beleza e feminilidade de toda uma geração. No filme ela ganha vida, e segue sua rotina de B...
24/07/2023

A Barbie sustenta o ideal de beleza e feminilidade de toda uma geração. No filme ela ganha vida, e segue sua rotina de Barbie Estereotipada.

Há algo de tocante naquele enredo, muitas vezes cômico, e me peguei num esforço para colocar em palavras o que é sensível não está explícito, assim como o sofrimento de viver uma vida estereotipada não está.

Aqueles que lutam para serem vistos como “padrão”, vidas ideais e sem furos é difícil até colocar em palavras o que é que não vai bem.

O que garante a existência de todos os personagens na história é serem vistos e reconhecidos uns pelos outros, eles só existem a partir do olhar do outro.

O conflito se desenrola dando a entender que talvez seja uma questão de gênero, mas de maneira delicada se chega ao ponto, não é sobre ser homem ou mulher é sobre sustentar uma existência como sujeito.

Viver o que se supõe ser o que o outro deseja, não é viver. Estar constantemente enredado na trama do que dirão, pensarão e acharam sobre si é uma saída neurótica para não precisar pagar o preço pelo próprio desejo.

Nascer não nos garante o status de sujeito. Para se tornar sujeito é preciso sustentar a própria existência, usar das próprias palavras para dar um sentido único ao discurso que recebemos dos Outros que nos formaram.

Até mesmo A Barbie, com o “A” maiúsculo de artigo definido não existe, foi ali quando ela pode morrer como ideal para os outros que ela passou a existir.

A conhecida história do homem ar**ha me parece cativante por trazer essa metáfora com a adolescência e a entrada na pube...
12/07/2023

A conhecida história do homem ar**ha me parece cativante por trazer essa metáfora com a adolescência e a entrada na puberdade. O luto de um corpo que existia até ontem e a angustia para se haver com um corpo novo. Os novos “super poderes” da autonomia, o novo lugar social e o encontro com o amor romântico.

A adolescência é essa reedição do complexo de Édipo. A perda do tio Ben, representante paterno, grande em palavras e exemplo, mas, tão homem e mortal como todos. A morte do pai não precisa ser literal, mas algo precisa cair, o ideal de homem precisa morrer. O luto pela imagem dos pais idealizados também é custoso. Porém, se recusar a vivê-lo impõe uma pressão esmagadora de alcançar uma perfeição que nunca existiu fora do campo das ideias.

E por falar no tio Ben é dele a frase: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Eis aí a castração. Até os “supers” se veem barrados, pelo visto ninguém pode tudo mesmo. Ufa!

O segundo filme trás um Miles mais amadurecido. Daquele corpo antes descoordenado ele já estava a par de como usá-lo. Mas, o inimigo agora é outro: O destino. As perguntas que f**am são sobre o que é possível fazer diferente?

Daquele traço que recebemos de forma inconsciente será que a saída é sempre repetir o que já aconteceu? Contar de novo a mesma história da família? Como se arriscar a ser sujeito mesmo tendo recebido uma carga já pronta? É aquela velha máxima, o que você fez do que fizeram de você?

Apesar de receber algo estruturante vindo do Outro, o quanto somos presos a isso? Afinal, se somos mesmo responsáveis pelo que podemos fazer talvez esse seja o grande poder de cada um, o de contar sua própria história, do seu próprio jeito e deixando a sua própria marca.

Que privilégio foi pode participar da organização deste seminário, deixo aqui registrado um trecho do que escrevi para a...
12/03/2023

Que privilégio foi pode participar da organização deste seminário, deixo aqui registrado um trecho do que escrevi para abertura:

“Sintomas distópicos: quando o sujeito desejante f**a sem tempo nem lugar”.
O surrealismo de René Magritte que estampa nossa divulgação com a obra “O falso espelho” trás a provocação de um olhar vazio, de um corpo desabitado. Afinal, o que é tornar-se sujeito em tempos de redes sociais?

Quem são os “grandes Outros” que estampam fotos bem iluminadas com promessas de sanar dúvidas ou quaisquer outros males?

Em tempos de políticas controversas existir como sujeito desejante seria um ato subversivo?

Deliberamos cuidadosamente sobre os temas e quem seria nosso convidado para discutir estas reflexões tão urgentes. Agradecemos a Julieta por aceitar nosso convite e esperamos que todos possam sair mais inquietos e provocados por estas questões.”

Se o objetivo era causar inquietação ele foi alcançado com louvor

Segue o fio
09/03/2023

Segue o fio

Paul Kardous - “O infamiliar na contemporaneidade: o que faz família hoje?” - p. 211
16/01/2023

Paul Kardous - “O infamiliar na contemporaneidade: o que faz família hoje?” - p. 211

Vimos muito sobre quem me representa ou quem não me representa, principalmente próximo às eleições. Movida por esse conc...
28/11/2022

Vimos muito sobre quem me representa ou quem não me representa, principalmente próximo às eleições.

Movida por esse conceito comecei a pensar sobre quem me representaria, pois precisava achar um candidato também. Rápido cheguei a conclusão que ninguém me representava adequadamente.

Então por um segundo cheguei a pensar que o único modo de ter alguém que realmente me representasse fosse sendo eu mesma a candidata. Quem sabe assim eu poderia concordar 100% com os planos e ideias de alguém, mas, foi aí que me lembrei que vivo me traindo. Não foi nem uma nem duas vezes em que tive certeza que iria dizer uma coisa e disse outra. Abri a boca para dizer um nome e o que soltei foi outro, fiquei despida em público sendo vista com espanto por mim e pelos outros. Realmente a completude não existe, nem comigo mesma.

Lembrei que sou habitada por um inconsciente que aparece sempre que dou uma brexa. Me surpreendo e me espanto comigo mesma, mas sei que ainda que desconhecido tudo aquilo é tão meu que sou incapaz de negar.

Apesar de me representar muito mal e viver me sacaneando, este é o caminho. Não vou achar outro que faça isso por mim, que me represente, que assuma as responsabilidades por todas as minhas ambivalências, discordâncias, atos falhos, sonhos e chistes. A responsabilidade é minha, e eu não posso delegar.

O que fiz foi abraçar meu pacote, lembrando que eu sou também aquilo que penso que não sou. Talvez assim a vida tenha mais paciência, afinal, não sou a única me enganando por aí.

Endereço

Avenida Cerro Azul N 788 Sala 05
Maringá, PR
87010-000

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 13:00 - 19:00
Terça-feira 13:00 - 19:00
Quarta-feira 13:00 - 19:00
Quinta-feira 13:00 - 19:00
Sexta-feira 13:00 - 17:00

Telefone

44 84062275

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Clínica de Psicologia Ana Paula Branger posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Clínica de Psicologia Ana Paula Branger:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria