Pollyana Oliveira - Psicóloga Clínica

Pollyana Oliveira - Psicóloga Clínica Atendimento Clínico Psicoterápico: Av. Padre Jaime, 680, Vila Paraiso. Info pelo whats: 19.98196.0164

Os números são alarmantes: no Brasil, a saúde mental afasta um trabalhador por minuto. Os afastamentos cresceram 28% só ...
22/08/2025

Os números são alarmantes: no Brasil, a saúde mental afasta um trabalhador por minuto. Os afastamentos cresceram 28% só no primeiro trimestre de 2025.

Mas como distinguir o cansaço normal do burnout? Na clínica psicanalítica, observo que o burnout vai além do esgotamento físico - é uma desconexão profunda consigo mesmo.

Sinais que merecem atenção:
• Sensação de vazio mesmo após descanso
• Perda de prazer em atividades antes satisfatórias• Irritabilidade constante
• Sentimento de que “nada faz sentido”
• Dificuldade para se desconectar do trabalho

A nova regulamentação que entrou em vigor em janeiro responsabiliza as empresas pelo impacto na saúde mental dos funcionários. É um avanço importante, mas também precisamos olhar para nossa própria relação com o trabalho.

Que ideais de produtividade você internalizou? Como tem sido sua relação com o descanso e os limites?

A pergunta que mais escuto não é sobre o tempo ou a frequência das sessões, mas sobre o sofrimento: “Como eu me livro di...
07/08/2025

A pergunta que mais escuto não é sobre o tempo ou a frequência das sessões, mas sobre o sofrimento: “Como eu me livro disso?”.

Na contramão da cultura que nos vende soluções rápidas e exige uma felicidade constante, a psicanálise faz um convite radical: e se, em vez de tentar arrancar o que dói, a gente tentasse escutar o que essa dor tem a dizer?

O sofrimento não é um erro no sistema a ser eliminado. Muitas vezes, ele é o próprio sistema tentando nos avisar que algo precisa ser olhado, nomeado e transformado. É um mensageiro de uma verdade sua que ainda não encontrou palavras.

A análise não oferece dicas para silenciar o sintoma, mas um espaço seguro para que ele possa, finalmente, falar. E ser ouvido.

“A palavra é o meu domínio sobre o mundo” - esta afirmação de Clarice Lispector contém tanto uma potência quanto um para...
05/06/2025

“A palavra é o meu domínio sobre o mundo” - esta afirmação de Clarice Lispector contém tanto uma potência quanto um paradoxo que a psicanálise conhece bem. Por um lado, é através da palavra que organizamos nossa experiência e construímos sentido. Nomear o sofrimento já é, em si, uma forma de começar a elaborá-lo. Como dizia Freud, onde estava o isso, o eu deve advir - e este processo acontece fundamentalmente pela linguagem.
Por outro lado, tanto Clarice quanto a psicanálise reconhecem que algo sempre escapa à simbolização. Há dimensões da experiência humana que resistem à palavra/sensações, afetos e percepções que habitam as margens do dizível. Na clínica psicanalítica, como na literatura de Clarice, não pretendemos eliminar este mistério, mas criar condições para que ele possa ser contemplado e, talvez, parcialmente elaborado. É nesta tensão entre o dito e o não dito que tanto a análise quanto a grande literatura encontram sua potência transformadora.
Você já vivenciou experiências que parecem escapar às palavras?
#.

“Estou resistindo ao processo?” esta é uma preocupação comum entre pessoas em análise, especialmente quando sentem dific...
21/05/2025

“Estou resistindo ao processo?” esta é uma preocupação comum entre pessoas em análise, especialmente quando sentem dificuldade em falar
livremente ou quando percebem comportamentos como faltas, atrasos ou esquecimentos recorrentes.
Na psicanálise, a resistência não é vista como um problema a ser eliminado ou um sinal de falta de comprometimento. Pelo contrário, ela é compreendida como um fenômeno natural e necessário que protege o psiquismo de mudanças muito bruscas ou do contato
com conteúdos potencialmente desorganizadores.
As formas de resistência são múltiplas e singulares: desde o silêncio até a fala excessiva, desde o esquecimento de horários até a racionalização constante. Cada uma delas nos conta algo importante sobre o funcionamento psíquico da pessoa.
O trabalho com as resistências, em vez de contra elas, é parte fundamental do processo psicanalítico. Quando compreendemos o que estamos protegendo e por quê, abrimos caminho para transformações mais profundas e duradouras.
Você já identificou momentos em que, mesmo desejando mudança, algo em você
parecia “resistir” ao processo?


“O real não está na saída nem na chegada” - esta frase de Guimarães Rosa em “Grande Sertão: Veredas” poderia ser o lema ...
07/05/2025

“O real não está na saída nem na chegada” - esta frase de Guimarães Rosa em “Grande Sertão: Veredas” poderia ser o lema de todo processo psicanalítico. Frequentemente chegamos à análise buscando respostas definitivas ou soluções imediatas para nosso sofrimento. Queremos “chegar” a um estado idealizado de plenitude ou “sair” rapidamente da dor. No entanto, tanto Rosa quanto a psicanálise nos ensinam que a verdadeira transformação acontece “no meio da travessia”, - nesse processo contínuo de questionar, elaborar e ressignificar nossas experiências.
Na clínica psicanalítica, não oferecemos mapas com rotas predefinidas, mas acompanhamos cada pessoa em sua própria travessia pelo “sertão” de suas
contradições e ambivalências, descobrindo juntos as “veredas” - esses pequenos caminhos de água e vida que permitem novas possibilidades de existência.
Como você tem vivenciado suas próprias “travessias” internas?


Por que o reborn nos perturba tanto?Bonecas hiper-realistas tratadas como bebês nos colocam diante do inquietante (Unhei...
03/05/2025

Por que o reborn nos perturba tanto?

Bonecas hiper-realistas tratadas como bebês nos colocam diante do inquietante (Unheimlich), onde o familiar se torna estranho. Freud dizia que é nesse ponto que se borram fronteiras como vivo/morto, real/fantasiado.

A reação social – do riso ao julgamento – revela mais sobre nós: nossas idealizações de maternidade, nossas normas sobre o luto, o cuidado, o que é aceitável amar.

Freud pensaria no reborn como fetiche: eu sei que é boneca, mas ajo como se fosse bebê – para negar uma falta. Lacan veria aí o objeto causa do desejo. Green falaria de luto não elaborado. Foucault nos ajuda a ver o reborn como um dispositivo que tensiona a maternidade como construção social. E Aristóteles nos convida a perguntar: isso é cuidado? Ou é fuga da alteridade?

Antes de patologizar, é preciso escutar: o que essa relação com o objeto revela? Que desejo está em jogo? Que dor quer forma?

Nem tudo é loucura. Às vezes é só sintoma. Às vezes é arte. Às vezes é falta.

Uma das perguntas mais frequentes que recebo sobre o processopsicanalítico diz respeito ao tempo das sessões. Por que 50...
02/05/2025

Uma das perguntas mais frequentes que recebo sobre o processo
psicanalítico diz respeito ao tempo das sessões. Por que 50 minutos? Por que não mais,
ou menos?
O tempo na psicanálise não é apenas uma questão prática, mas um elemento
terapêutico em si. O enquadre temporal cria um espaço protegido onde o inconsciente
pode se manifestar, com início e fim previsíveis.
Curiosamente, é comum que conteúdos significativos emerjam justamente quando a
sessão está chegando ao fim - como se o psiquismo, sabendo do limite temporal, se
apressasse em trazer à tona o que é essencial.
O corte temporal também funciona como uma pontuação que convida à elaboração
entre as sessões. O trabalho psíquico não se limita ao tempo que passamos no
consultório, mas continua reverberando nos dias que seguem.
Na psicanálise contemporânea, mais importante que a duração exata é a consistência e
a previsibilidade do enquadre, que oferece a segurança necessária para a exploração de
conteúdos difíceis.
Você já percebeu como o tempo parece fluir diferentemente durante momentos de
introspecção profunda?
Psicanálise

A frase icônica de Simone de Beauvoir continua revolucionária quando aplicada à maternidade contemporânea. Como psicanal...
28/04/2025

A frase icônica de Simone de Beauvoir continua revolucionária quando aplicada à maternidade contemporânea. Como psicanalista, observo diariamente a pressão que mulheres enfrentam para performar uma maternidade “instintiva” e “natural”, quando na verdade estamos diante de um complexo processo de construção identitária. Que espaços temos criado para acolher as ambivalências legítimas da experiência materna? Como podemos separar nosso desejo singular das expectativas sociais que nos atravessam?
A psicanálise oferece um espaço protegido para explorar estas questões sem julgamentos. Um lugar onde é possível reconhecer que nos tornamos mães, em um processo único e singular que merece ser honrado em sua complexidade.


25/04/2025
Em “Sampa”, Caetano Veloso captura poeticamente umfenômeno que a psicanálise estuda há mais de um século: como certos lu...
25/04/2025

Em “Sampa”, Caetano Veloso captura poeticamente um
fenômeno que a psicanálise estuda há mais de um século: como certos lugares, imagens
ou sensações despertam em nós emoções profundas que nem sempre compreendemos
racionalmente.
Freud chamou isso de “inconsciente” - essa dimensão de nossa experiência que opera à
revelia de nossa consciência, mas que determina grande parte de nossas reações
emocionais e decisões.
Na clínica psicanalítica, observo como pequenos detalhes do cotidiano - uma música,
um cheiro, uma esquina específica da cidade - podem subitamente conectar a pessoa a
memórias e afetos há muito esquecidos, mas ainda ativos em seu psiquismo.
Estas “avenidas internas” que Caetano poetiza e que a psicanálise mapeia são
fundamentais para compreendermos quem somos e por que sentimos o que sentimos.
Existe algum lugar específico que desperta em você emoções inexplicáveis?
Psicanálise

Você sente que mudou depois que virou mãe?Talvez essa mudança vá além do que se vê no espelho.A maternidade transforma o...
02/04/2025

Você sente que mudou depois que virou mãe?
Talvez essa mudança vá além do que se vê no espelho.

A maternidade transforma o cérebro, reorganiza o afeto, bagunça a memória, embaralha a identidade.
É confuso. É profundo. É um recomeço que nem sempre tem festa — às vezes, tem silêncio.

E nesse silêncio, muitas mulheres se perdem.
Ou tomam decisões que nunca tomariam antes.
E se arrependem.
E são julgadas.
Como se ainda tivessem sono em dia, tempo pra si, pensamentos claros.

Mas não têm.

É fácil olhar de fora e dizer:
“Eu nunca faria isso.”

Difícil é sustentar o que se passa por dentro.
Esse colapso silencioso que não tem nome, nem manual.
Essa travessia.

Talvez, no fim das contas, o que essa mulher mais precise…
não é de julgamento.
É de acolhimento.
De escuta.
De um lugar onde ela possa nascer de novo — inteira, imperfeita e real.

Se esse post te tocou, compartilha com alguém.
Ou comenta aqui se você também já não se reconheceu… e precisou se reinventar.

Quando o filho adoece, não é só o corpo pequeno que pede cuidado. A mãe, muitas vezes, adoece junto — em silêncio, em cu...
01/04/2025

Quando o filho adoece, não é só o corpo pequeno que pede cuidado. A mãe, muitas vezes, adoece junto — em silêncio, em culpa, em vigília. Esta série é uma travessia pelas dores que não aparecem nos exames. Um convite à escuta, à nomeação dos afetos, à sustentação possível. Porque amor também é linguagem. E quando o corpo cala, o inconsciente grita.

Endereço

Avenida Padre Jaime, 680
Mogi Guaçu, SP
13843033

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Pollyana Oliveira - Psicóloga Clínica posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria