23/07/2025
Desde pequena, ela era o “xodó” do pai.
Ele a elogiava diante de todos, dizia que ela era a mulher mais linda da casa, que ninguém o entendia como ela... A mãe, por sua vez, parecia apagada, amarga, muitas vezes em silêncio.
Ao crescer, essa filha se tornou forte, decidida… mas sozinha...
Nos relacionamentos, atraía homens emocionalmente distantes ou que, de alguma forma, sempre a deixavam.
Na constelação, um movimento desconfortável se revelou: aquela filha havia tomado, inconscientemente, o lugar da esposa ao lado do pai. Não no sentido sexual é claro, mas no lugar emocional e simbólico, em outras palavras?
Ela havia “casado” com o pai", se tornando para ele a companheira emocional que a mãe deixou de ser em algum momento por alguma razão.
E por isso, diante de outros homens, seu sistema dizia silenciosamente... “não há espaço”.
Ela precisou fazer um profundo movimento interno de devolução:
“Pai, eu sou apenas sua filha. Ela é sua mulher. Eu saio desse lugar e sigo para o meu destino.”
Com esse movimento, lágrimas vieram, percebendo as inúmeras vezes que sua mãe não foi vista e valorizada com mulher.
Um momento de contato com algo que acontecia de forma dolorosamente silenciosa, mas que ali ao ser revelado se tornou libertador.
Ela pôde olhar para a mãe com mais compaixão e deixar que o casal, mesmo imperfeito, ocupasse o lugar que sempre foi deles.
E assim, o amor dentro dela finalmente encontrou passagem, ela estava livre internamente para poder estar externamente também.
🪻 Nas constelações, vemos que quando um filho toma o lugar de um dos pais no campo amoroso, carrega um peso que não lhe pertence e assim a própria vida afetiva se bloqueia.
🗝️Será que você, em algum nível, assumiu um lugar que não era seu?