Leila Esteves Psicologia Clínica Junguiana

22/01/2025

Quando nossas necessidades infantis não foram atendidas pelos adultos significativos, aqueles que cuidaram de nós. Quando não fomos aceitos e, assim, feridos na nossa essência, desenvolvemos mecanismos para nos protegermos. Esses mecanismos de defesa aparecem espontaneamente com toda força do complexo quando, por algum motivo, nos sentimos novamente ameaçados, sejam essas ameaças reais ou não. Essa força reativa, que toma a frente do ego e responde à “nossa” revelia, chama-se “complexo”. É como se fosse um aglomerado de sentimentos emocionalmente muito fortes. A força do complexo irrompe, nos cegando a consciência.
E agora que você cresceu, não precisa mais dessas armas, a terapia pode te ajudar a dissolver esses mecanismos de defesa. Você não está mais em guerra com o seu meio externo. Apenas entenda que nem todos querem te ferir. Nessas horas pense: É apenas meu complexo se manifestando. #💮

23/09/2024

27/06/2024

Uma criança se desestrutura sempre que não consegue se organizar internamente após uma experiência traumática, sofrendo uma verdadeira mutilação no seu “eu”(Ferenczi).
Todos os nossos traumas, no fundo, nos feriram narcisicamente, na nossa auto estima e, então, o amadurecimento emocional não ocorreu, pois houve uma estagnação do amadurecimento e todos os nossos traumas e defesas narcísicas, impedindo a evolução da consciência e da vida emocional. Fazer psicoterapia ou análise é retomar o desenvolvimento de onde ele estagnou. É como se o indivíduo recomeçasse o desenvolvimento, o amadurecimento, de onde ele parou. #💮

12/05/2024

Hoje acordei com uma imagem: Uma fila de mulheres, todas as minhas antepassadas e as que me sucederão. Todas essas mulheres que já carregaram e as que ainda carregarão seus filhos no ventre. Todas as suas histórias de vida. Algumas que conhecemos e outras que nunca saberemos de suas lutas, sofrimentos e conquistas. Todas elas são partes também de mim, são exemplos conscientes e inconscientes de força, coragem, superação, e das questões que não puderam resolver em suas vidas, que são as questões que trazemos para serem resolvidas.
Gratidão a todas essas que me antecederam. Nos curar cada vez mais é a tarefa, para todas as outras que virão, algumas delas jamais saberão a minha história também! 💮🙏

07/04/2024

Jung traz para a experiência humana a proposta da análise dos sonhos como caminho de reconhecimento da linguagem da alma. O eu consciente propõe, decide e faz. O inconsciente comenta as atitudes conscientes (no sonho), numa tentativa, dentre outras coisas, de compensação das unilateralidades.
Na escuta dos sonhos, tentando compreendê-los e trazendo para a vida as suas mensagens, entramos em contato com o que podemos chamar de infinita generosidade do Deus em nós. Em linguagem psicológica: o self, princípio organizador interno que responde pelo nosso desenvolvimento interno até o ponto possível. No diálogo criativo entre essas duas instâncias psíquicas, o ego e o self, consciente e inconsciente, constrói-se uma vida com sentido. O inconsciente demanda ser ouvido, não se consegue calar um Deus e, assim, a insônia nos acomete, explicitando o desperdício de um dos muitos aspectos estruturantes do sonho: a oportunidade que o sono nos oferece para a fuga da alma em busca de si mesma.
Ref: A Noite da Alma, Marisa Catta Preta
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25/03/2024

De acordo Jung não temos complexos, “eles” nos têm. Quando estamos tomados por um complexo, é como se sofrêssemos uma possessão. A personalidade da pessoa é subjulgada. Um dos exemplos de complexo de rejeição, ocorre quando inconscientemente provocamos a rejeição do outro para confirmamos esse complexo, e internamente estamos dizendo: “Está vendo você é mesmo um rejeitado!” #💮

14/01/2024

A história que um dia a sua mãe viveu com a mãe dela reflete em você. As coisas boas e as não tão boas também. Muitas vezes, inconscientemente, repetimos padrões de comportamento com os nossos próprios filhos. Como se tivéssemos feito um imprinting na alma. Agimos sem perceber que estamos repetindo e nos comportando como nos fizeram acreditar que éramos. Aquilo que nossos pais disseram que éramos, era apenas a visão deles sobre nós. Muitas vezes, em análise, descobrimos que não somos aquilo que nos fizeram acreditar, que podemos ser mais. Só a luz que projetamos na nossa sombra poderá nos trazer a consciência para quem somos de verdade, para além da moldura em que tentaram nos colocar. Como já dizia a música “Pais e Filhos”, de Renato Russo: “Você culpa os seus pais por tudo… mas são crianças como você… o que você vai ser quando você crescer?”.
Estamos todos aprendendo.