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17/06/2023

- 40 anos de uma noite sem fim.
Tragédia municipal, em junho de 1979, teve 4 vítimas fatais.

Sábado, 16 de junho de 1979.
Exatos 40 anos e uma noite ainda viva em muitas memórias. Uma explosão, seguida de incêndio, apavorou moradores das cercanias da Indolma - Indústrial de Óleo Monte Alto.

Enquanto alguns retiravam roupas e móveis de suas casas vizinhas, com medo do fogo se alastrar, outros voluntários se propuseram “a prestar socorros a operários que sofreram queimaduras, pois as máquinas estavam em atividade normal”, como relatava a imprensa da época (jornais 'Folha de Monte Alto' e 'O Imparcial', de 23 de junho daquele ano).

Muitos também doaram sangue, em auxílio aos que necessitaram. Operários de outras empresas, pessoal da Sabesp e caminhão-pipa foram ao local. Pela madrugada do domingo, com o fogo controlado, contavam-se os muitos internados na Santa Casa, além dos transferidos, em estado mais grave, para hospitais de Jaboticabal e Ribeirão Preto.

Na madrugada de segunda, 18, falecia Pracídio
Lindolpho, bravo funcionário, lembrado por arriscar-se
a fechar a válvula do equipamento de solvente,
evitando tragédia ainda maior. Naquele mesmo dia, o acontecimento mobilizava “uma pequena multidão
que, empunhando faixas de protesto, fez passeata pela Nhonhô Livramento, culminando na Câmara
Municipal”.

O movimento fez com que fosse suspensa a sessão em curso, tornando o momento um debate público sobre os riscos de segurança que a Indolma causava, instalada na região central.

Um dos apaziguadores da revolta foi o então
vereador Dr. José Rodrigues, exaltando a
importância da reflexão sobre o momento.

Até porque Dr. José leu um manifesto da Indolma, que manifestava seu grande desejo de transferir as instalações para um local que já possuíam (e ainda possuem) no parque industrial de Bebedouro.

A notícia consternou os presentes, pois a grande meta dos manifestantes era que a Indolma, entre as maiores arrecadadoras de impostos na época, se transferisse para área que se tornaria um bem-vindo triunfo municipal, despertado pelos estrondos de uma noite trágica: o Distrito Industrial.

Logo, multiplicaram-se os pedidos públicos para a permanência da Indolma na cidade (mas não no centro): prefeito Elias Bahdur, presidente da Câmara Paulo Carnacchioni, vereadores e membros de clubes de serviço – que obtiveram sucesso.

Por alguns anos, a OLMA esteve em nosso Distrito Industrial (logo no início, em área onde, depois, se estruturou a Cargill). Mas essa história teria um fim.

Não por causa do incêndio: a 'Indolma', ou OLMA, deixaria de existir em Monte Alto, com a possível desfiliação de sua pessoa jurídica, em 1997, e posterior falência da empresa, em 1999.

Voltou a ser notícia em 2011, quando o quadrilátero industrial que funcionou por longos anos com frente para a rua Dr. Raul, dando sequência às atividades da histórica CESTOL (da família Cestari), foi leiloado pela Justiça do Trabalho.

Ainda em nossa memória, o triste passamento de mais três vítimas de uma das maiores catástrofes montealtenses, nos dias seguintes do fatídico junho de 1979: no dia 23, José Zucchi; dia 25, Nelson Saravalli e no dia 28, Antônio Manoel de Caires, todos com queimaduras de 3° grau.

Pesquisa:
Elton Barroso
e Luiz Felipe Nunes

Relembra deste triste episódio local?
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Endereço

Monte Alto, SP

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