25/04/2022
Um percentual cada vez maior de brasileiros sofre de depressão e a pandemia de covid-19 pode ter contribuído para agravar o problema. De acordo com uma pesquisa feita em 2021, um levantamento anual sobre saúde nas capitais feito pelo Ministério da Saúde, 11,3% dos brasileiros relatam um diagnóstico médico de depressão.
O levantamento mostrou que, em média, há mais pessoas no País com depressão do que com doenças crônicas, como a diabetes, por exemplo que tem um percentual de 9,1%. O trabalho revelou ainda que há bastante diferença entre os resultados, de acordo com a região do país. Porto alegre, foi a capital com maior porcentagem de casos, chegando a 17%. Como já é sabido, a doença afeta mais mulheres (14,7%) do que homens (7,3%) e aparece com porcentuais semelhantes em todas as faixas etárias.
Como a depressão é uma doença que não aparece em um exame, por exemplo, e cercada de tabus, os casos ainda tendem a ser subnotificados, portanto os números devem ser maiores ainda. “As exigências dos tempos em que vivemos já são muito grandes e agora estão somadas a um contexto de pandemia, de uma ameaça invisível, de risco de vida para você e os seus amados. Muita gente não deu conta mesmo”, constatou Teresa Cristina Kurimoto, da UFMG, uma das responsáveis pela pesquisa.
Episódios de depressão podem ser leves, moderados ou graves. Alguns sintomas a serem notados são tristeza persistente, humor deprimido (desânimo, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade), perda de interesse em atividades antes apreciadas, alterações no apetite, ganho ou perda de peso súbita, insônia, excesso de sono e fadiga acentuada. O tratamento da depressão pode ser uma combinação entre psicoterapia com psicólogo e medicação apropriada receitada por psiquiatra.