13/08/2025
O dado divulgado pelo Censo, que aponta mais de 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil, é um marco importante. Isso evidencia não apenas o crescimento no número de diagnósticos, mas também o avanço na conscientização sobre o tema.
Porém, ao mesmo tempo que comemoramos esse avanço, ele nos obriga a refletir sobre desafios que ainda são muito presentes na realidade de quem vive com TEA no país.
🔍 Ainda temos uma grande dificuldade no acesso ao diagnóstico precoce, principalmente fora dos grandes centros urbanos. Além disso, os dados mostram que os homens ainda são maioria nos diagnósticos, o que sugere que muitas mulheres e meninas podem estar subdiagnosticadas ou recebendo diagnóstico tardiamente, devido a perfis clínicos que, muitas vezes, se apresentam de maneira diferente do que se convencionou como ‘típico’.
Como neuropsicólogo, sei que o diagnóstico não deve ser visto como um rótulo, mas como uma chave que abre portas para intervenções adequadas, acolhimento, adaptação escolar, inclusão social e desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo.
Por isso, olhar para esses números é olhar para a necessidade urgente de:
✅ Capacitar mais profissionais da saúde e da educação;
✅ Expandir serviços especializados;
✅ Fortalecer políticas públicas de inclusão;
✅ E, principalmente, combater o preconceito com mais informação e empatia.
Que esses dados sirvam como um chamado para construirmos uma sociedade mais preparada, acolhedora e inclusiva para pessoas no espectro autista