
20/08/2025
Hoje Lia faz 6 meses, finalizando nossa fase de amamentação exclusiva. A nefrologia e o instagram foram deixados em segundo plano nesse período, para dar espaço a uma mãe que precisava aprender a ser “mãe de duas”. Dessa vez, sem pressão para voltar, sem pressa!
180 dias de dedicação quase integral, passando por parto, puerpério, desafios da amamentação, das madrugadas, da alergia e dieta APLV, viroses, e todas as demandas de um bebê que eu já conhecia.
Mas nesse período, aprendi (estou aprendendo) a lidar com a dor da irmã mais velha, com o ciúme, o olhar carente na hora de dormir, a incerteza do colo na hora da queda, a procura por um braço que já está ocupado, a busca insaciável de atenção e a necessidade de retornar o foco para si à todo custo.
Diferente do que a internet diz, é difícil, na prática, mostrar que “o amor multiplica”, às vezes é humanamente impossível. E às vezes, a gente faz até o impossível também, colocando dois corpos no mesmo finito espaço. As mães são especialistas nisso, fazer o impossível, gerenciar, correr com uma no braço e outra agarrada na perna; uma pendurada no peito e a outra no pescoço.
E assim, com o coração em paz, depois de mais uma missão cumprida, experimentando o amor mais calmo e sereno que eu já vi com a minha pixotinha, eu me lanço ao desafio de retornar por aqui. Sem cobrança, sem cronograma, sem perfeição, sem marketing… mas, como toda mãe que cuida dos seus filhos, aprendendo a fazer o impossível. Com uma garrafa de água e um sonho, vamos comigo?!