09/04/2025
Nem toda autoestima elevada é sinal de saúde emocional.
Quando a autoconfiança se transforma em grandiosidade, inflexibilidade e negação da realidade, entramos em um terreno perigoso — tanto no campo individual quanto no coletivo.
Em certos transtornos mentais, como o transtorno bipolar (fase maníaca), transtornos de personalidade narcisista ou quadros psicóticos, a autoestima inflada pode mascarar desequilíbrios profundos. É quando surgem atitudes impulsivas, falta de empatia, decisões desconectadas da realidade e, muitas vezes, uma postura agressiva perante o outro.
O que vemos em figuras públicas, como Donald Trump, ilustra como a superestimação do self pode gerar impactos geopolíticos e sociais. A postura desafiadora, a ausência de autocrítica e a tendência à confrontação podem ser vistas como traços de uma autoestima grandiosa — que não dialoga com a realidade, mas a distorce.
Autoestima saudável não é sobre ser superior. É sobre reconhecer limites, cultivar empatia, aceitar vulnerabilidades e construir relações equilibradas.
Nosso papel como sociedade é reconhecer os sinais, promover saúde mental e valorizar o autoconhecimento como ferramenta de transformação — individual e coletiva.