Criado a partir da iniciativa de estudantes do Campus Natal Central do IFRN, o Coletivo nasceu da inspiração dada por Nivaldo Calixto, professor aposentado do Instituto que milita na área ambiental há mais de 30 anos. Atual responsável pela área verde, que inclui um bosque (batizado com seu nome) de espécies nativas e projetos permaculturais, como minhocários e educação ambiental, Nivaldo sempre p
ôs à frente ideias e incitou o debate ambiental mesmo onde ninguém parecia dar importância. Membros de um coletivo de formação política de atuação no campus, estes alunos passaram a conversar com ele, e daí saiu muito projeto bom. Logo se viram na responsabilidade de solidificar esta construção para, além de buscar mais apoios e estrutura, deixar registrado para as próximas gerações as sementes que plantam. De lá pra cá muita coisa já rolou, diversos debates com gente qualificadíssima, incluindo temas como Belo Monte e Código Florestal; Semana de Meio Ambiente; "Gincana Sustentável"; ações diretas, como Flash Mobs e Bioativismo e até viagem ao Rio de Janeiro, onde o Coletivo levou um grupo de 11 para participar da Cúpula dos Povos/RIO+20, em parceria com o Comitê Potiguar da Cúpula dos Povos. Já realizamos uma série de eventos EcoCulturais, onde levamos adiante projetos ambientais através da arte e da cultura dos estudantes do IF. Já reestruturamos o sistema de lixeiras do campus e queremos muito mais, elaborando projetos e campanhas pra gestão de resíduos, energia e água, por exemplo. Atualmente nosso foco é a revitalização do nosso bosque, que é um tesouro que precisa ser lapidado, assim como o "Merenda é Nossa!", projeto amplo que visa a gestão coletiva da área alimentícia do campus, abrindo canais de ação da comunidade, visando sempre democracia em prol da qualificação dos serviços e a saúde. E é essa nossa pretensão: levar o debate e a ação pra onde for possível, somos um meio para isso. Priorizando sempre nosso "dever de casa", que é um campus sustentável, mas nossa missão é muito mais que isso, pois acreditamos que a cidadania deve ser exercida de forma natural, a partir do momento em que nos vemos como agentes políticos da sociedade, a militância passa a fazer parte do dia a dia, a luta passa a ser nosso meio para alcançarmos a liberdade. Acreditamos na luta social, e que é impossível separá-la da luta ambiental, pois a justiça e a liberdade humana nunca serão completas sem um meio ambiente onde elas possam ser exercidas. Como já dizia o velho Chico Mendes
"“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.”